Estradeiro Aprosoja investiga más condições da BR-158, no Leste de Mato Grosso

Quando pavimentação estiver concluída, rodovia se tornará alternativa para o escoamento da safra da regiãoA promissora expansão agrícola do Leste de Mato Grosso depende diretamente do avanço da infraestrutura logística para o escoamento da produção. Foi o que avaliou a caravana do Estradeiro Aprosoja, que percorreu as precárias estradas do Estado, cujas rodovias federais somam 6.473 quilômetros, sendo que, dessas, apenas 3.545 são asfaltadas.

Após investigar a situação da MT-020, o projeto passou ao longo dos 800 quilômetros da BR-158, que liga o município de Barra do Garças à Vila Rica, divisa com o Pará. Mesmo sendo toda de chão, a estrada tem um alto fluxo de veículos, o que a torna bastante perigosa, devido aos buracos e às altas nuvens de poeira.

Um trecho de 460 quilômetros da rodovia começou a ser pavimentado em 2007, mas não foi concluído. Pontes foram construídas, e o asfalto mudou o cenário em alguns locais, porém ainda há muito a ser feito. Alguns trabalhos estão com ritmo bem abaixo do esperado pelo setor.

? As obras da BR-158 deveriam ter sido concluídas até 2010. Acreditamos que até o fim do ano que vem este trecho esteja 100% pronto ? afirma o coordenador executivo do movimento Pró-logística, Edeon Vaz Ferreira.

Quando a pavimentação de todos os trechos estiver concluída, a BR-158 se tornará uma importante e viável alternativa para o escoamento da safra da região. Com a logística favorecida pela rodovia completamente asfaltada, os agricultores poderão direcionar a produção para o porto de Marabá, no Pará, que está a 500 quilômetros da região.

Hoje, grande parte da produção vai para o porto de Santos, a mais de 1.700 quilômetros de distância. Com a rodovia, o escoamento até os portos do Norte do país e à ferrovia Norte-Sul, em Colinas, Tocantins, poderá ser viabilizado.

? A 158 é de extrema importância para toda a região do Vale do Araguaia, porque nós vamos ter uma diferença de preço na saca de soja de US$ 1 a US$ 2. Ao invés de nós irmos a Santos ou a Paranaguá, vamos levar nossa soja para a outra ponta do Brasil ? explica o produtor rural Arlindo Cancian.