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A primeira usina flex do mundo fica em Campos de Júlio (MT), o gerente industrial Vital Nogueira conta que 80% dos equipamentos da fábrica são para produção de etanol de cana -de-açúcar, mas podem ser utilizados para produção de etanol de milho, na entressafra da primeira opção.
Nogueira explica que a operação começou há três anos e é um caso de sucesso. O investimento para adaptar a usina valeu a pena.
– Hoje, inicialmente uma planta de até 400 mil litros/dia custaria entre R$ 30 e R$ 40 milhões – calcula.
O estudo verificou a viabilidade do etanol de milho nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Mas é o Estado de Mato Grosso que apresenta as melhores condições para o etanol do cereal.
– Tem o preço do milho baixo, em função da segunda safra de milho e por causa do preço do etanol também, que lá é bem alto – diz a analista de macroeconomia da INTL FCStone Ligia Heise.
Além das usinas flex, também é considerado viável o investimento em plantas exclusivas de etanol de milho, principalmente próximo a regiões produtoras do cereal. Há dois projetos de plantas desse tipo em andamento na região Centro-Oeste. Em até dois anos, as indústrias devem começar a produzir. O etanol tem os custos reduzidos com a venda de um subproduto do milho, o DDG, que é utilizado como ração.
– A tendência é que ele seja negociado a um valor um pouco abaixo das atuais fontes de proteína, principalmente o farelo de soja. Então, é um negócio que interessa bastante para o mercado de alimentação animal – salienta Thadeu Silva, diretor de Inteligência da consultoria.