O Projeto de Pesquisa da Árvore da Vida, centrado em Chicago, nos Estados Unidos, tem examinado o DNA dos principais grupos. O trabalho mostra que as aves tiveram uma evolucão complexa após uma explosão inicial e rápida de espécies, ocorrida em algum momento entre 100 milhões e 65 milhões de anos atrás. Foram analisadas mais de 32 mil bases de seqüências de 169 espécies.
A curadora de aves do Museu Field, de Chicago, Shannon Hackett, avaliou que o estudo chegou a esse nível por causa dos avanços tecnológicos, que permitiram analisar maiores quantidades de genoma. Segundo ela, vários nomes científicos de aves terão de ser mudados e deverá ser feita uma nova classificação.
Uma das descobertas foi a de que, apesar da grande semelhança física, falcões, de um lado, e gaviões e águias, de outro, não são tão próximos como se imaginava. Outra foi a de que os beija-flores, aves com hábitos diurnos, teriam evoluído de espécies habitualmente noturnas, contrariando o que se acreditava até agora.
Para o pesquisador Sushma Reddy, duas lições foram aprendidas com a pesquisa. A primeira é que as aparências enganam, já que aves de hábitos semelhantes não têm, necessariamente, relação entre si. A segunda é que muito do conhecimento convencional sobre aves está errado.