O programa é uma parceria da Fundação Pró-Sementes e da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Dez empresas brasileiras do setor de sementes participaram dos testes. Os estudos vão servir para nortear o produtor rural nas próximas safras.
Foram realizados ensaios em dezesseis ambientes, e a pesquisa demonstrou, também, que a metade sul do Estado tem potencial produtivo para a soja, tanto em áreas de várzea, quanto de coxilha. Tudo depende da escolha correta das cultivares de soja.
– Ás vezes, uma variedade que andou bem na coxilha, não foi tão bem na várzea e vice-versa. Nós temos que avaliar a diversidade, tanto em sojas RR, RR2 ou as Intactas, temos que ponderar isso antes de levarmos para a propriedade – afirma Gideão Pereira, produtor rural.
A fazenda de Gideão foi uma das que participaram dos testes. Ele conseguiu uma produtividade média acima de 80 sacos por hectare em uma área que era usada para a pecuária, e o mesmo índice foi registrado no plantio na várzea, onde se costuma cultivar arroz.
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De acordo com o diretor técnico da Fundação Pró-Sementes, José Hennigen, a definição da cultivar de soja mais adequada para cada lavoura pode representar um acréscimo de até 20 sacas por hectare. Sobre a diferença de preços entre os materiais disponíveis no mercado, ele afirma que a relação é de custo-benefício.
– Eventualmente, existe uma pequena diferença financeira. Porém, eu acho que o agricultor teria que pensar não em reais a mais, mas no que pode render na lavoura dele – explica Hennigen.
A lista completa vai ser publicada no próximo dia 25 de julho, no site da Fundação Pró-Sementes.