O preço do biocombustível, por exemplo, deve mais que dobrar até 2020. O estudo aponta um “latente descompasso entre o crescimento da demanda e a incorporação de novas reservas, o que fará com que os preços do petróleo e do etanol no mundo subam, respectivamente, 43,1% e 125,9% até o final da década”.
Mas essa alta não deve se refletir com a mesma intensidade no mercado brasileiro. O estudo prevê que, no Brasil, a elevação média dos preços dos combustíveis será menor: 18,7% e 7%, respectivamente para petróleo e etanol, até 2020.
“Mesmo o país não sendo tão afetado por esse movimento, os preços em trajetória ascendente serão um fator limitante para o desenvolvimento de praticamente todas as economias, traduzindo-se em um hiato de 0,52 ponto percentual ao ano em relação ao crescimento potencial do Produto Interno Bruto (PIB) mundial até o final da década”, afirma.
Segundo a FGV, o estudo foi baseado em um modelo computacional dos mercados de energia. Com base nesse modelo, ele conclui que, durante esta década, o cenário global ainda será marcado pela dependência do petróleo, cuja demanda seguirá em crescimento, por movimentos incipientes e insuficientes de substituição e de eficiência energética e uma expansão de oferta incerta, concentrada no período posterior a 2015.
Na avaliação do coordenador da FGV Projetos, Fernando Blumenschin, esses fatores farão com que o preço do petróleo suba já a partir deste ano.
? De 2017 em diante, o movimento começa a arrefecer com a entrada gradativa em operação de novas reservas e com medidas de substituição e eficiência energética começando a surtir efeitos ? conclui.