>> Confira a pesquisa Pecege Esalq/USP-CNA completa
Com relação aos custos totais de produção da cana própria, os valores ficaram abaixo dos preços da matéria-prima para as unidades industriais em todas as regiões analisadas.
Os preços dos mercados de açúcar e etanol remuneraram todos os fatores de produção no Centro-Sul e no Nordeste, refletindo cenários satisfatórios para as unidades do Brasil na safra 2010/2011, gerando margens de rentabilidade positivas para os produtores.
A partir dos resultados obtidos com o estudo, e com base nas tendências de custos e preços observadas ao longo dos últimos anos, espera-se que após o fechamento da safra 2011/2012 os patamares de rentabilidade dos fornecedores de cana aproximem-se do equilíbrio econômico de longo prazo, caracterizado pelo lucro nulo, ao serem considerados todos os custos de oportunidade do capital.
Produção agroindustrial sucroenergética 2010/2011 indica melhoria nos rendimentos
O estudo indicou que, além de uma melhora na qualidade da matéria-prima, houve uma melhoria nos indicadores de perdas e rendimentos industriais e do potencial de aumento na taxa de utilização dos equipamentos industriais. Com relação aos custos de produção, a pesquisa mostrou que o aumento dos preços industriais estão diretamente atrelados ao aumento no custo da matéria-prima.
>> Veja os detalhes sobre os custos da safra de cana, açúcar e etanol
O levantamento também concluiu que a busca de novas parcerias é fundamental para fomento da produção de bioeletricidade, do detalhamento de custos por escala de produção e nível tecnológico, de custos de mão-de-obra e da inclusão de impostos e custos logísticos.
Região de Expansão tem menor ociosidade de capital
Dentre a Região Tradicional, Nordeste, e de Expansão, a pesquisa concluiu que a de Expansão é a que registra maior mecanização no plantio e colheita, maior área de canavial, menor ociosidade de capital, menor custo com CCT e menor custo da terra.
>> Consulte a análise comparativa entre as regiões
O levantamento também concluiu que produzir cana-de-açúcar no Brasil é dispendioso, principalmente porque o custo da terra impacta significativamente na rentabilidade; entretanto, a valores atuais, a tendência não tem sido altista. Portanto, há uma necessidade de gestão individualizada com foco em eficiência, produtividade, ociosidade do capital e escala.