As colheitadeiras são peças essenciais nas fazendas e podem fazer a diferença entre o bom e mau desempenho no campo. As condições destas máquinas e dos tratores exercem influência direta nos resultados da lavoura. Por isso a Famato quis saber como está a situação do parque de máquinas em Mato Grosso.
O estudo, realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), mapeou a quantidade de máquinas vendidas entre 1995 e 2009. A pesquisa considerou o número médio de tratores e colheitadeiras utilizadas em uma área de mil hectares de soja e de algodão e estabeleceu o período de 10 anos como limite para depreciação.
O estudo revelou a necessidade dos produtores renovarem o parque de máquinas nos próximos cinco anos. E para garantir a eficiência no campo é preciso ampliar em pelo menos 90% a média de venda anual de tratores e em 15% a comercialização de colheitadeiras no Estado
De acordo com a pesquisa, entre 1995 e 2004 houve um salto de 686% na venda de tratores e de 432% na de colheitadeiras em Mato Grosso. Porém, o endividamento do setor e a crise de crédito provocaram queda no ritmo dos negócios, que fecharam o período de 2005 a 2009 com retração de 46% e 41% respectivamente. Para alcançar o esperado aumento de produção, o setor precisa superar este déficit.
Segundo o diretor executivo Famato, Seneri Paludo, o setor tem condições, mas é preciso também que empresas venham para o Estado para baratear as compras.
Agricultor e presidente do Sindicato Rural de Guiratinga, a 320 quilômetros de Cuiabá, Eliezer Alves Carvalho confirma que o maquinário ultrapassado eleva os custos e pode aumentar a perda de produtividade. Ele reconhece a necessidade de renovar a frota na fazenda, mas ressalta que é preciso agir com cautela para não comprometer o apertado orçamento.