Para cada experimento, a pesquisa determinou variáveis como a data de semeadura, emergência, espigamento, maturação, colheita, stand inicial, acamamento, altura das plantas, nota e peso da parcela, peso do hecolitro (PH) e reações às doenças ocorridas durante o ciclo da cultura.
? Foi feito um plantio em duas épocas para orientar o produtor sobre o melhor período e as melhores cultivares para cada região. Este é um apoio que a instituição traz em tecnologia para aumentar a produtividade e apresentar reflexos na renda do produtor, principalmente nesta cultura que é muito complicada ? enfatiza o presidente da Comissão do Trigo da Farsul, Hamilton Jardim.
A conclusão do estudo é que nunca existirá uma época de plantio ou uma variedade específica para o Rio Grande do Sul. Os resultados vão depender do potencial genético, do clima e da tecnologia empregada pelo produtor.
Jardim explica que o agricultor precisa se preparar e ter opções para melhorar as condições das lavouras gaúchas. Ele espera que este seja o pontapé inicial para resolver os problemas da triticultura do Rio Grande do Sul.
? Às vezes temos qualidade e não é o que a indústria quer. Queremos tentar resolver o problema da triticultura do Estado e fazê-la cada vez mais produtiva e mais rentável para o produtor ? afirma.
Segundo o presidente da Comissão de Trigo da Farsul, está sendo construída uma parceria com a cadeia para que haja um plantio expressivo no Estado. No evento em que a entidade apresentou o estudo de desempenho de cultivares, representantes de moinhos e do setor financeiro puderam ter uma ideia da atual situação do trigo gaúcho.
? Hoje é complicada, pois tivemos uma safra difícil, em que atrasamos o plantio. Tivemos um escape da geada do mês de setembro e chuvas em outubro. Isso prejudicou a qualidade do nosso trigo, principalmente na região de Passo Fundo. Hoje a comercialização desse grão não está da maneira como gostaríamos que estivesse ? conta Jardim.