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Etanol de arroz cria alternativa de biocombustível e pode melhorar preço para produtores no RS

Segundo agrônomo, produtividade do grão pode se equivaler ao rendimento da cana-de-açúcarDuas empresas de agroindústria no Rio Grande do Sul, localizadas nos municípios de São Borja e Camaquã, começam a produzir etanol a partir do arroz, em escala experimental (ainda não comercial). A perspectiva é criar uma alternativa para a produção do combustível e, no futuro, ter mais uma destinação para os grãos não consumidos como alimento (quebrados, de tipo 3 e 4), explica o engenheiro agrônomo Valdecir José Zonin, especialista em biocombustível da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do

– Se consumir 500 mil toneladas por ano, temos o suficiente para mexer com a estrutura do mercado. Isso interessa aos produtores porque vai equalizar os preços. A produção anual de arroz no Rio Grande do Sul é em torno de 7,5 milhões de toneladas. Esse é um mercado que se agrega. A produção de etanol do arroz não pode ser prioritária, mas complementar – diz.

Segundo o agrônomo, o arroz tem uma produtividade para etanol que pode se equivaler ao rendimento da cana-de-açúcar e é superior ao do sorgo e do trigo. São 420 litros de etanol por tonelada de arroz, contra 400 litros por tonelada de trigo, como produzido na Rússia, Canadá e Inglaterra. Em volume de litros, a capacidade de produção com arroz é o dobro da capacidade de produção de biodiesel com soja.

Apesar do potencial, a produção em escala comercial ainda não tem previsão. A legislação brasileira apenas regula o uso do etanol extraído da cana. A Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas (RS), está desenvolvendo um grão propício para a produção de etanol, com o dobro do tamanho da média. A nova linhagem de arroz, apelidada de gigante, foi apresentada na abertura oficial da colheita deste ano, em fevereiro, e poderá chegar ao mercado em 2013 ou 2014.

Além de maior no tamanho, a produção também é mais volumosa. A média nacional é 7,5 toneladas de arroz por hectare e a produção do gigante é 14 toneladas por hectare. Além do experimento para produção do etanol, a agricultura gaúcha fornece casca do arroz colhido para alimentar duas usinas termoelétricas do estado (em São Borja e em Itaqui). A casca queimada gera calor que produz vapor e que movimenta turbinas, cujo mecanismo converte energia mecânica em energia elétrica.

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