Brasil e Indonésia vão discutir oportunidades para o etanol na mobilidade sustentável. Representantes dos dois países vão se reunir na próxima segunda-feira (9) na capital indonésia, Jacarta, no seminário Sustainable Mobility: Ethanol Talks.
O evento será o primeiro do programa Ethanol Talks após o lançamento da Aliança Global para os Biocombustíveis (GBA), em setembro passado.
O seminário é promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) e Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a embaixada do Brasil em Jacarta, com apoio de parceiros locais.
“O Ethanol Talks é uma oportunidade ímpar de trocarmos experiências, discutir erros e acertos, transformando e adaptando rotas tecnológicas para avançarmos na descarbonização da matriz de transportes, responsável por quase 25% das emissões de gases de efeito estufa”, afirma o presidente da Unica, Evandro Gussi.
Os debates técnicos contam com especialistas do Brasil e de países asiáticos, divididos em quatro painéis temáticos: políticas públicas; etanol no Sudeste da Ásia; o uso do etanol e a indústria automotiva; e soluções tecnológicas para a descarbonização.
Combustível renovável
Na Indonésia, a mistura de etanol na gasolina faz parte da estratégia do governo para expandir o uso de combustíveis renováveis. Em junho deste ano, a empresa estatal de energia anunciou o início das vendas de gasolina com 5% de etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar, em Jacarta e em Surabaya (ilha de Java).
O governo indonésio já manifestou a intenção de ampliar gradativamente a mistura de etanol na gasolina. A implementação de um eventual mandato de mistura de E10 em todo o país exigiria uma demanda de 890 milhões de litros de etanol por ano – o país tem como objetivo produzir 1,2 bilhões de litros de etanol de cana-de-açúcar até 2030.
“A Indonésia tem potencial produtivo para alavancar a indústria de biocombustível, e podemos contribuir compartilhando soluções para a agroindústria da cana, a exemplo da nossa parceria com a Índia”, afirma Flávio Castellari, diretor-executivo do Apla.
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