Etanol de celulose está longe de ser comercialmente viável, diz USDA

Refinarias dos EUA deverão misturar 16 milhões de galões do biocombustível na oferta de gasolina até o final de 2022O etanol fabricado a partir da celulose, fórmula que deve substituir o biocombustível à base de milho, ainda está longe de ser comercialmente viável por conta do custo e da dificuldade de se conseguir grandes quantidades de insumo, informou nesta terça, dia 16, Joseph Glauber, principal economista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

? Ainda levará alguns anos antes de poder se tornar competitivo. Os desafios são a distribuição e o armazenamento das matérias-primas ? disse ele durante uma conferência.

Legisladores norte-americanos estabeleceram metas ambiciosas para produção de etanol à base de celulose: refinarias dos Estados Unidos deverão misturar 16 milhões de galões do biocombustível na oferta de gasolina até o final de 2022, contra apenas 6,5 milhões de galões em 2010.

O etanol celulósico depende de matérias-primas não alimentares, como capim e resíduos de papel, eliminando o conflito que levou muitos economistas a culpar uma produção maior de etanol à base de milho nos Estados Unidos por um aumento acentuado nos preços dos alimentos em 2008.

Os insumos para fabricação desta modalidade são muito baratos e, até mesmo, gratuitos, mas o sistema de distribuição para transportar amplas quantidades de celulose para unidades de produção em escala comercial ainda não está em vigor, acrescentou Glauber. Isso pode tornar a comercialização uma meta mais distante, embora companhias, como a Genencor e a Novozymes, tenham feito progresso no desenvolvimento de enzimas que transformam celulose em etanol em escala comercial. As informações são da Dow Jones.