A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético encaminharam um ofício para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com reivindicações emergenciais para minimizar os problemas do setor de etanol causados pela pandemia de coronavírus.
Dentre as medidas, a principal, defendida pelo presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), é uma linha de crédito de R$ 9 bilhões. “O setor de biocombustível no Brasil é incentivado para produzir combustível limpo e renovável. É uma política acertada que precisa ter seus preços mínimos pagos para o setor”, disse em nota da entidade.
Outras medidas levantadas pelo setor são a instituição de um programa de warrantagem para permitir a estocagem de pelo menos 6 bilhões de litros de etanol, a redução do PIS/Cofins sobre o biocombustível, além do aumento na cobrança da Cide sobre a gasolina em R$ 0,40 por litro.
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A grande preocupação, de acordo com o documento divulgado pelas entidades, é quanto aos preços baixos do biocombustível, que se retraíram acompanhando a queda na demanda com as medidas de restrição de circulação para evitar a propagação da doença no país, destaca o presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). Segundo ele, o etanol já havia fechado a segunda semana de março com uma redução de 13% nos preços.
Moreira lembra, também, que as disputas entre Arábia Saudita e Rússia em relação a produção diária de petróleo contribuíram para derrubar os preços do combustível, influenciando nas cotações do etanol, que recuaram cerca de 40% desde o início da pandemia.