Etanol de milho é realidade quase irreversível em Mato Grosso, diz Sindalcool

Sindicato participou da 13ª Conferência Internacional Datagro de Açúcar e Álcool, que acontece desde segunda, dia 21, em São PauloO presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Mato Grosso (Sindalcool), Piero Parini, afirmou nesta terça, dia 22, que o etanol de milho "já é uma realidade quase que irreversível" em Mato Grosso. Isso porque a tecnologia é conhecida, há excedente de 14 milhões de toneladas de milho no Estado e o binômio soja/milho é uma composição agrícola quase obrigatória, na avaliação de Parini.

Ele comentou que hoje são duas usinas flex instaladas no Mato Grosso, uma que vai operar na entressafra da cana-de-açúcar e outra que trabalhará de forma simultânea à planta de cana. Segundo ele, a produtividade está em 380 litros por tonelada de milho esmagada e aproximadamente 25% de sobra pode ser utilizada como ração proteica.

Parini disse ainda que as usinas estão comprando milho a R$ 9 a saca, valor abaixo do mínimo de garantia ao produtor, de R$ 13,02 a saca, com custo de R$ 800 por litro produzido. 

Clima adverso provoca perda de quase 7,5 milhões de toneladas de cana em MS

As perdas com as geadas registradas no inverno no Mato Grosso do Sul (MS) chegam a 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nesta safra 2013/2014. Considerando a redução do Açúcar Total Recuperável (ATR), ou seja capacidade de conversão da cana em açúcar ou etanol, outras 3,5 milhões de toneladas foram perdidas, disse o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho. 

Além disso, o executivo afirmou que o Estado perdeu muita soqueira, a cana que fica na lavoura para a safra seguinte, o que deve tornar a entressafra mais longa.

– O impacto da geada se desdobrará por mais duas ou três safras – avaliou.

As lideranças participam de paineis na 13ª Conferência Internacional Datagro de Açúcar e Álcool, que acontece desde ontem em São Paulo.

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Agência Estado