A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira, dia 23, o 4° levantamento sobre a safra 2018/2019 de cana-de-açúcar e etanol. Segundo o órgão, o Brasil deve alcançar uma produção total de 33,58 bilhões de litros de etanol, o que representa um aumento de 23,3% ou 6,3 bilhões de litros, em relação ao período passado. De acordo com a companhia, este cenário confirma o novo recorde de produção de etanol para o país, batendo o índice anterior de 30,5 bilhões na safra 2015/2016.
De acordo com o superintendente de informações do agronegócio da Conab, Cleverton Santana, o aumento na produção de etanol nesta safra deveu-se, principalmente, à queda de preços do açúcar no mercado internacional e a um cenário mais favorável para o etanol no mercado interno, frente à alta do dólar e do petróleo. “Esses fatores fizeram com que as unidades de produção aumentassem a destinação de cana-de-açúcar para a produção de etanol nesta safra”, explica.
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Açúcar
No caso da produção de açúcar, esta atingiu 31,35 milhões de toneladas, com queda 17,2% ou 6,5 milhões de toneladas, se comparado à temporada passada.
Cana-de-açúcar
A estimativa para safra da cana-de-açúcar é de 625,2 milhões de toneladas, apresentando redução de 1,3% em relação à anterior, de 633,26 milhões de toneladas. Para a produtividade, a companhia estima um volume de 72,7 mil quilos por hectares, 0,3% maior que os 72,5 mil quilos por hectare obtidos na safra 2017/2018.
Segundo o boletim, o clima na região Nordeste influenciou para uma produtividade maior que na safra passada, mesmo com a região Centro-Sul sofrendo com uma estiagem no meio do ano, assim como altas temperaturas, o que acelerou a maturação e acarretou em baixo crescimento e falta de peso dos colmos.
Na região Sudeste, principal produtora do país, com São Paulo e Minas Gerais abrangendo quase 64% da produção nacional, a produção total foi de 402,8 milhões de toneladas, uma redução de 3,5% em relação à safra 2017/2018, por problemas climáticos e devolução de terras arrendadas.
Área colhida
A área colhida ficou em 8,5 milhões de hectares, queda de 1,6% se comparada a safra 2017/2018. Conforme a Conab, a menor região de colheita derivou-se do desempenho da região Sudeste, com redução de 3,5%, reflexo dos problemas climáticos ocorridos e à devolução de terras arrendadas.
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