Etanolduto reduzirá custos com transporte em até 20%, diz Unica

Obra terá 1,3 mil quilômetros de extensão e poderá transportar até 22 bilhões de litros de combustíveisQuando estiver em plena operação, em janeiro de 2016, o maior sistema logístico multimodal para transporte e armazenamento de etanol do mundo deverá proporcionar uma redução de no mínimo 20% nos custos de transporte do combustível renovável na região Centro-Sul do país. A obra, orçada em R$ 6 bilhões, terá 1,3 mil quilômetros de extensão e poderá transportar até 22 bilhões de litros de etanol das principais regiões canavieiras até Paulínia, interior de São Paulo, e de lá para os portos de São Se

? A meta de 20% de economia nos custos logísticos é média. Poderemos praticar reduções ainda mais substanciais dependendo das características do contrato ? revela o diretor presidente da Logum, Alberto Guimarães.

A companhia congrega as principais empresas do setor sucroenergético nacional em torno de um projeto unificado de etanolduto.

? A diminuição dos custos se deve a um menor impacto ambiental e a maior rapidez na entrega do produto nos centros de demanda, abrangendo os Estados de São Paulo (SP), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS) e Goiás (GO) ? complementa.

Para o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, o projeto representa um avanço estratégico de grande proporção.

Jank participou em Ribeirão Preto da inauguração do novo sistema de transporte de etanol em novembro do ano passado, em cerimônia que teve a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

? A obra vai gerar um aumento significativo na competitividade do etanol brasileiro, tanto no mercado doméstico quanto no internacional ? considera.

Logum
Criada no início de março de 2011, a Logum reúne a Copersucar, Cosan, Odebrecht, que controla a ETH Bioenergia, e a Uniduto, que tem entre suas acionistas a São Martinho, Santa Cruz, São João e Bunge.

As obras do etanolduto serão executadas pela empresa PMCC Projetos de Transporte e Álcool S/A, controlada pela Petrobras e pela empreiteira Camargo Correa. O primeiro trecho do projeto, com 202 quilômetros, unindo Ribeirão Preto à Paulínia, deverá ser concluído em dezembro de 2012.