A idéia chegou ao Brasil há aproximadamente 30 anos e foi inserida em Santa Catarina pela Klabin. Após pesquisa, a empresa escolheu uma árvore ideal, avaliando a sua forma, resistência a pragas e doenças e adaptação a determinados climas e solos. A árvore é cortada e colocada para rebrotar em viveiros, onde, de uma única muda, podem ser feitas outras milhares idênticas. As sementes não são utilizadas neste método de reprodução, justamente por não proporcionarem igualdade entre as plantas.
? As sementes vão originar indivíduos diferentes, apesar de parecidos. Já a clonagem resultará em indivíduos exatamente iguais ? diz o gerente geral florestal da Klabin, José Aldezir de Luca Pucci.
Muda perfeita obtida dos cruzamentos
Uma das vantagens da clonagem é a possibilidade de cruzamento de diferentes características entre as plantas. É possível, por exemplo, misturar uma mais resistente com uma de crescimento rápido e fazer destas duas, uma muda perfeita. O primeiro plantio clonal de eucalipto em Santa Catarina foi feito pela Klabin em 90 hectares da Fazenda São Cristóvão, na localidade de Santa Terezinha, município de Rio do Campo, no Alto Vale do Itajaí.
As árvores estão com um ano e meio e aproximadamente oito metros de altura, podendo chegar aos 30 metros no sétimo ano, quando provavelmente serão cortadas. Ao todo, são 2,5 mil hectares de eucalipto. Nesta safra, entre outubro e janeiro, quando está mais quente e há mais disponibilidade de água para a planta crescer, serão plantados mais 2,5 mil. Por ano, a Klabin produz 70 milhões de mudas de eucalipto em seus viveiros, das quais 40 milhões são clonais.