Segundo estimativas da Comissão Européia, as perdas no continente devem representar cerca de 2,2% da produção. Nos Estados Unidos, os produtores estimam prejuízos entre 20% e 30%. Em algumas regiões do Brasil, como o Nordeste, uma das mais afetadas pela estiagem, apenas o cultivo de feijão registra prejuízos de quase 70%.
Os prejuízos da produção norte-americana têm impactado diretamente os preços de grãos no mercado mundial desde o ano passado. Os preços do milho, por exemplo, atingiram nível recorde em agosto, com a redução da produção nos EUA. O mesmo aconteceu com o trigo, que teve trajetória ascendente no valor negociado. O efeito reflexo afeta ainda o mercado de carnes, com a alta do preço das rações.
As estimativas mundiais apontam que a produção de milho ainda deve diminuir, este ano, cerca de 11%, e a produção de trigo tem queda de 1% estimada. Diante deste cenário mundial, a Europa pode posicionar-se como exportadora líquida de cerais, com um excedente de 10 milhões de toneladas de grãos.
Na safra 2007/2008, os produtores europeus registraram déficit de 8 milhões de toneladas de grãos.