Em um encontro com líderes de nove países da Europa oriental, Sarkozy ouviu deles que o plano, que prevê uma redução em 20% das emissões da UE até 2020, ignora a dependência que esses países ainda têm da queima de carvão para produzir energia ? o que libera poluentes na atmosfera e intensifica o efeito estufa.
Durante a reunião na cidade polonesa de Gdansk, os líderes de Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Hungria, Eslováquia, Bulgária, Romênia e República Checa também argumentaram que a proposta não leva em conta que esses países são mais pobres que outros que integram o bloco.
Sarkozy, porém, disse que a reunião levou a avanços sobre o tema e manifestou confiança de que um consenso possa ser alcançado na cúpula dos 27 líderes países da União Européia, marcada para a próxima semana em Bruxelas, na Bélgica.
O plano proposto pela França e que enfrenta resistência dos países do antigo bloco comunista se concentra em três áreas: corte nas emissões de poluentes, ampliação do uso de fontes renováveis de energia e aumento da economia no uso da energia.
O presidente francês quer que o pacote já esteja finalizado antes dele entregar a presidência rotativa do bloco à República Checa, em janeiro de 2009.
Até 12 de dezembro, também na Polônia, representantes de 192 países estão reunidos na 14° Conferência das Partes sobre o Clima, da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é começar a negociar um novo acordo global de emissões de gases de efeito estufa para substituir o Protocolo de Quioto, que expira em 2012.