Evento em São Paulo explica sistema de barter a produtores rurais

Mecanismo facilita acesso a insumos, que são pagos com os frutos da terraMuitos produtores que não têm condições de comprar insumos ou defensivos agrícolas têm uma opção para continuar com a colheita: o barter. O barter foi criado no Brasil para facilitar o acesso para o produtor, que paga os insumos com a sua produção, em vez de utilizar dinheiro. Em um evento em São Paulo, especialistas e produtores participaram de um evento para explicar o mecanismo.

O produtor Naildo Lopes possui uma plantação de soja e milho em Santa Rita do Trivelato, interior do Mato Grosso. O produtor reclama que os preços dos grãos estão variando muito. Ele optou por fazer o barter e facilitar a produção deste ano.

– O barter é uma alternativa porque o recurso que sai dos agentes financeiros não cobre todo o custo de produção. E, quando isso acontece, fazemos a troca – afirma o Lopes.
Lopes fez uma opção muito conhecida na região Centro-Oeste quando o produtor não tem dinheiro para investir na produção: um sistema conhecido como barter.

– O barter nada mais é que comprar insumos e, em vez de pagar com dinheiro, trocar pelo fruto da produção na terra. Você recebe antes os insumos e, quando colhe, quita a dívida. É a forma mais antiga de trocar – diz o presidente da Success TI, Oscar Burd.
Para a executiva sênior da Rabobank Lilian Laxer, esse modelo deve ser levado para outros países. A Rabobank, especializada em agroindústria e que opera em 40 países, financia operações de barter somente no Brasil.

– Quando todas as pontas estão travadas e seus riscos bem gerenciados, todos ganham. O barter garante a margem de lucro de todos os participantes. Se conseguirmos unir toda a cadeia e garantir a rentabilidade, teremos uma estrutura segura e com sucesso e sustentabilidade no futuro – diz.

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