– O cooperativismo promove distribuição de renda e inclusão social, contribuindo para a justiça social – justifica.
Rodrigues diz que a ideia do Nobel da Paz será levada pelos brasileiros à Aliança Cooperativa Internacional, para depois ser encampada pelos governos. Ele afirma que o cooperativismo pode ser agraciado com o prêmio, a exemplo da organização não-governamental Médicos Sem Fronteira.
O presidente da OCB, Márcio Lopes, aponta que o governo brasileiro poderá cunhar moedas de R$ 1,00 com o símbolo comemorativo ao Ano Internacional do Cooperativismo, a exemplo do que foi feito na Austrália, onde foi cunhada uma moeda de um dólar. A possibilidade foi apresentada pelo secretário-executivo do Banco Central (BC), Luiz Edson Feltrim, que participou do evento na OCB.
Um dos objetivos da OCB para o próximo ano é mostrar à população a importância das cooperativas, que têm nove milhões de associados e emprega 300 mil pessoas.
– O setor quer mostrar que o alimento que chega às mesas e os serviços financeiros, de transporte ou de saúde podem vir de uma organização cooperativa – aponta Lopes.
Ele destaca o papel do setor nos momentos de crise, como nos Estados Unidos, onde os depósitos no sistema de crédito cooperativo aumentaram em 25% após a queda dos grandes bancos. Lopes também cita como exemplo a Coamo Agroindustrial Cooperativa, de Campo Mourão (PR), que na semana passada distribuiu R$ 54 milhões entre seus associados, valor que corresponde a um terço das sobras (lucro).