O produtor Nivaldo Aléssio, cultiva 1500 hectares de cana-de-açúcar, e para a safra de abril até novembro, ele pretende produzir 110 mil toneladas. Porém, o período entravou a colheita.
– A colhedora de cana ficou parada durante vários dias. É muito tempo sem trabalho. Nesta época, geralmente, se para no máximo dois dias por causa da chuva – destacou Aléssio.
A região de Piracicaba, que produz 10% da cana do Estado, é uma das mais afetadas. O presidente da Coplacana, Arnaldo Antônio Bortoletto, disse que choveu cerca de 120mm em quatro dias.
Além da chuva, o vento forte tombou parte do canavial da propriedade. Nesta posição, a cana dificulta a colheita. As perdas e as impurezas aumentam porque a máquina precisa passar muito próximo da terra.
O excesso de chuva também diminui a quantidade de sacarose que a cana produz, o chamado Açúcar Total Recuperável (ATR). Isto afeta a renda do produtor que ganha sobre o ATR obtido por tonelada de cana.
– Ainda será feito análise de laboratório para calcular as perdas – explica Bortoletto.
O produtor precisa esperar a terra secar para não prejudicar a próxima safra. O peso da colhedora, de 17 toneladas, compacta o solo e impede a rebrota da soca, situação que acontece em áreas colhidas antes da chuva.