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Excesso de chuva prejudica produção de uva de mesa em SP

Produção menor e de baixa qualidade obriga os agricultores a destinarem uva de mesa para vinho com preço até dez vezes menoresOs produtores de uva do interior de São Paulo não têm o que comemorar nesta safra que está chegando ao fim. Em dezembro, tradicional mês da colheita, eles enfrentaram  24 dias de chuva. O excesso de umidade favoreceu o aparecimento de doenças e prejudicou a qualidade da uva niágara.

O agricultor Edésio de Lima produz uva há 25 anos, em Itupeva, no interior de São Paulo e diz que nunca tinha visto tanta água. Ele esperava colher sete mil caixas de cinco quilos, mas o rendimento do pomar não deve passar de 4,5 mil caixas, uma quebra de 35% da produção.

? Não vou conseguir pagar o banco ? diz o produtor rural.

Além de provocar perdas, a chuva do mês de dezembro atrasou a maturação dos cachos. Além disso, os produtores não conseguiram aproveitar a época de maior consumo da fruta: as festas de fim de ano. Sem a procura dos consumidores agora no mês de janeiro, a saída encontrada foi vender a uva para as vinícolas a preços bem mais baixos.

O produtor está recebendo pelo quilo da uva que tem como destino a produção de vinho R$ 0,28. Se não vender para a vinícola, corre até o risco de perder o produto. O problema é que o custo de produção vai de R$ 0,70 a R$ 1 real.

O produtor e comerciante Josué Cláudio Marchetti costuma dizer que nasceu embaixo de um pé de uva. Porém, há dez anos ele decidiu que não podia tirar o sustento apenas do pomar. Atualmente, além de produzir, trabalha com a comercialização, comprando a fruta de outros produtores e vendendo para a indústria e o varejo. A chuva também reduziu os ganhos dele em 10% este ano.

De acordo com o Sindicato Rural de Indaiatuba, o município tem seis milhões pés de uva, com capacidade de produzir 12,5 toneladas. Em um levantamento realizado recentemente, as perdas contabilizavam 800 toneladas, mas o prejuízo pode chegar a mil toneladas.

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