– Ou seja, não conseguimos colher a soja e nem plantar o milho – lamentou.
Já as lavouras de soja do Paraná sofrem perdas de produção provocadas pela estiagem e altas temperaturas. Os prejuízos ultrapassam 2 milhões de toneladas, segundo o presidentes da Federação da Agricultura do Estado de Paraná, Ágide Meneguette. No caso do milho, os danos alcançam 100 mil toneladas. O prejuízo financeiro aos produtores está sendo avaliado em R$ 42,5 milhões.
As lideranças do setor rural querem que o governo estabeleça como prioridade o seguro rural na política agrícola do país, diante das adversidades climáticas observadas neste início de ano (seca em São Paulo e no Paraná e excesso de chuvas em Mato Grosso).
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles, o modelo atual de política agrícola baseado no crédito rural está superado.
– O novo paradigma deve ser o do seguro rural, com destaque para o seguro de receita, que permite a mitigação tanto do risco climático quanto do risco de preços – disse Meirelles, durante encontro nessa quarta, dia 26, com os presidentes das Federações de Agricultura do Paraná e de Mato Grosso, em São Paulo (SP).
Conforme Meirelles, o seguro rural, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, padece da falta de estrutura técnica no Ministério da Agricultura e apoio financeiro. Ele salientou, por meio de comunicado, que o Fundo de Catástrofe, instituído em 2010, até hoje não foi regulamentado.
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