Excesso de chuvas em Mato Grosso deixa agricultores em alerta

Produtores de soja temem que clima atrase a colheita do grão e o cultivo da safrinha de algodãoO excesso de chuvas em Mato Grosso deixa agricultores em alerta. O início da colheita de soja na região de Campo Verde já sofre prejuízos em algumas lavouras. Em uma fazenda do grupo Bom Futuro, maior produtor de soja do Estado, restam quatro mil hectares a serem colhidos, dos 30 mil que foram plantados. De acordo com o coordenador técnico da empresa, Cid Reis, a colheita precisa ser concluída até o dia 15 de janeiro, para que o cultivo da safrinha de algodão não atrase. Entretanto, afirma que f

Ele acrescenta que foi feito um cronograma, no qual a previsão de término do trabalho seria para até 18 de janeiro. Segundo Reis, qualquer atraso pode interferir na qualidade do produto, que deve sofrer com falta de água no final do ciclo, em abril. Para minimizar as chances de prejuízos, a fazenda foi estruturada. O profissional explica que, em dias de sol, o maquinário colhe até 500 hectares. Quando chove, o clima é de apreensão. O excesso de água pode comprometer vigor das sementes e arder o grão, entre outras consequências.

Já na propriedade de Pedro Tomazelli, foram plantados 3,3 mil hectares de soja e o objetivo é realizar a desfolha da plantação no final da próxima semana, para dar início à colheita por volta do dia 20. Ele diz que a preocupação é que chova em excesso e o trabalho não possa ser feito na hora certa, provocando perdas de produção.

– Não adianta cuidar da lavoura durante todo o ciclo, se na hora da finalização houver este tipo de problema – aponta.

Entretanto, o técnico agrícola Antonio Fernando lembra que é preciso ter água suficiente para que as lavouras de ciclo tardio se desenvolvam. Segundo ele, é necessário que chova e faça sol em níveis equilibrados.