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Excesso de chuvas reduz produtividade do trigo no Paraná

Chuvas de junho e julho ocasionaram doenças na plantaçãoNo Paraná, a área estimada para produção de trigo se mantém em 1,35 milhão de hectares e projeção de produção continua próxima dos quatro milhões de toneladas, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral). As primeiras lavouras colhidas no Oeste e Centro-Oeste paranaense têm apresentado produtividades abaixo da expectativa inicial, em função das doenças ocasionadas pelo excesso de chuvas em junho e julho. Já na região norte do Estado, os resultados alternam entre altas e baixas produtividade

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A colheita já foi realizada em 4% da área tritícola paranaense, no mesmo ritmo de 2014 e sem atrasos, pois agosto apresentou poucos dias com chuvas. As geadas dos últimos dias foram mais intensas em regiões onde se concentram áreas em desenvolvimento vegetativo, fase em que não se registram perdas de produtividade devido às temperaturas negativas.

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Oferta e demanda

Segundo o Deral, o volume colhido no Paraná sequer supriu as necessidades de moagem estaduais em agosto, apresentando um déficit próximo a 80 mil toneladas, que deverão ser importadas de outros países ou de outros Estados.

Em setembro deve ser colhida a maior parte da safra paranaense, ultrapassando um milhão de toneladas, as quais suprem totalmente a demanda paranaense e nacional para o mês. Devido a este pico de oferta, há expectativa dos produtores de que o governo federal intervenha no mercado adquirindo trigo ou equalizando os preços, que estão inferiores ao mínimo de R$ 33,45 por saca de 60 quilos.

Desde o final de julho havia ofertas abaixo do mínimo, de acordo com o Deral. A cotação média é calculada em R$ 31,67, 5% abaixo do preço mínimo de referência, e com diversas praças sem informação devido à ausência de negócios. Além da oferta paranaense, em setembro também se intensifica a colheita paraguaia, que tem o Paraná como porta de entrada para o Brasil.

Comercialização

Segundo o Deral, a expectativa da interferência governamental, os negócios estão lentos, e se limitam ao cumprimento de contratos. Há localidades no Estado com a colheita acima de 15% da área que não tiveram nenhum negócio realizado até o momento. O pouco interesse de venda por parte dos produtores reflete o momento dos preços recebidos pela saca de 60 quilos, que em agosto fecharam média de R$ 32,95, 13% abaixo da média do mês de julho e 28% abaixo da de agosto de 2013.

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