Aprosoja-RS alerta os produtores da região para começarem o monitoramento da lavoura, buscando evitar problemas com o fungo
Roberta Silveira | Passo Fundo e Cruz Alta (RS)
O excesso de umidade encontrado em algumas lavouras do Rio Grande do Sul deve antecipar o aparecimento da ferrugem asiática nesta safra. O alerta é da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS). O plantio no Estado também está atrasado por causa das chuvas.
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Na safra 2013/2014, as principais pragas da soja no Estado foram lagartas: a falta medideira e a Helicoverpa armígera. Agora, ainda tem muita área para ser semeada no Rio Grande do Sul. Mas a chance da ferrugem ser uma vilã nesta safra é real. O agrônomo da Aprosoja-RS Nédio Argenton Giordani pede que os produtores monitorem suas lavouras.
– A previsão é que nós vamos continuar até dezembro e início de janeiro com estas precipitações uma a duas vezes por semana. Isso aí é um alerta para que a lavoura seja monitorada. Possivelmente, e a pesquisa tem entendido isso, vai ocorrer ferrugem antes dos outros anos. Talvez em dezembro já tenhamos, se as previsões do tempo estiverem certas.
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Nuvens carregadas trouxeram chuva para o Estado na última semana, o que atrasou um pouco a semeadura. O plantio já aconteceu em 15% da área de soja, segundo a Emater gaúcha, mas a média para esta época é de 20%. Nesta semana, o sol voltou a aparecer, o que ajuda a acelerar o plantio. Bom também porque diminui a umidade nas lavouras, o que ajuda a prevenir o aparecimento da ferrugem asiática.
Na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, a semeadura da soja está apenas começando. A máquina vai colocando a semente no solo. Nesta propriedade em Passo Fundo, no noroeste do Estado gaúcho, o plantio começou no final de outubro e deve ir até 10 de dezembro. O método de plantio escalonado reduz as perdas causadas pelo clima.
– Porque se tu pegar uma semana de estiagem, ele te afeta uma lavoura, mas a outra não. Justamente porque tu tens períodos diferentes de florescimento e de enchimento de grãos. A gente escalona o plantio visando uma média de produtividade – comenta o sojicultor Rodrigo Lago.
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Já em Cruz Alta, a 330 km de Porto Alegre, nós encontramos em uma lavoura com duas semanas de plantio o percevejo da soja, conhecido como fede-fede.
– Quando começa a fase de reprodução da soja, ela começa a se multiplicar. Tem muito embaixo da palha aqui que nós não enxergamos que já estão saindo, dando uma picada na soja. Nós usamos inseticidas para fazer este controle. Um gasto a mais que temos também. E lá na frente, no enchimento de grãos, ele pode reduzir até 100%. Uma lavoura ao lado de uma lavoura de milho, ele sai do milho e vem pra soja. O dano é muito grande – reforça o agrônomo da Aprosoja-RS.
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Mas nem todo inseto que encontramos significa problema para a soja. Quando o solo está cheio de minhocas, aí é motivo de alegria.
– É sinal de solo fértil. A gente já vem a um bom tempo com trabalho de recuperação de solo, porque a gente visa produzir mais no mesmo espaço de terra – ressalta Rodrigo Lago.
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Acompanhe o trajeto da Equipe 2 da Expedição Soja Brasil: