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Exigências fora do comum para crédito motivam vendas em Goiás

Mais da metade da safra de soja goiana já foi negociada, o motivo é a falta de crédito; produtores reclamam da burocracia dos bancos nesta safra

Manaíra Lacerda | Goiás

Os produtores de soja de Goiás já comercializaram metade da safra para conseguir pagar os financiamentos feitos por meio de traders e instituições privadas. Com necessidade de vender, muitos agricultores perderam preços melhores. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado (Aprosoja Goiás), o movimento se deve ao aumento de juros cobrados no crédito rural, o que obriga a necessidade de fazer fluxo de caixa.

– O juro médio desses financiamentos via traders é de 12% ao ano, em dólar. Lógico, quando você faz uma operação de troca, essas companhias vão tentando amarrar uma coisa ou outra. Eu faço a compra, mas eu já faço a venda ou eu já faço um contrato de venda. O seguro levou nossa taxa para perto de 14,5%, porque eu tenho que pagar o seguro para acessar o custeio. É uma taxa muito alta – explica o diretor da Aprosoja Goiás, Luiz Renato Zapparoli.

Há mais de um ano, o agricultor Maurício Almeida tenta um financiamento para construir quatro silos na fazenda dele. A estrutura teria capacidade para armazenar 200 mil sacas de soja. Em setembro de 2014, o produtor entregou ao Banco do Brasil um projeto completo, e todos os documentos exigidos para adquirir um empréstimo de R$ 7 milhões divididos em 15 anos e que viriam do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com juros de 3,5% ao ano, mas o pedido foi negado.

– Eram exigências que você provava uma, eles inventavam outra. Avaliam seu maquinário e vê que é de 2011, eles falam que você vai se endividar no meio do processo e não vai quitar. Eles tentam dificultar o processo – critica o agricultor.

A segunda alternativa foi reduzir o tamanho do projeto e fazer somente dois silos, no valor de R$ 5,3 milhões, com R$ 3,6 milhões financiados.

– A gente realmente precisa de armazenagem. A gente sofre com isso e temos que pagar para as empresas realizarem este serviço. Estamos buscando recursos com o Banco do Brasil e outras empresas para tentar fechar a conta – afirma Almeida.

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