– Graças ao crescimento da economia, a gente tem um aumento muito significativo da classe média, e quando a pessoa tem mais renda, fica mais exigente. As preocupações com a saúde, alimentação saudável e livre de agrotóxicos, se intensificam na sociedade. Isso acaba sendo uma boa oportunidade para os agricultores familiares, que têm mais vocação para esse tipo de sistema produtivo – disse Campos.
Segundo o diretor do MDA, o mercado de produtos orgânicos movimenta hoje, no Brasil, “em torno de meio bilhão de reais”. Esse mercado cresce entre 15% e 20% ao ano e é abastecido por cerca de 90 mil produtores que possuem “alguma produção orgânica ou agroecológica”. Desse total, cerca de 85% são agricultores familiares.
Arnoldo de Campos não tem dúvida de que a tendência é a expansão da demanda por produtos verdes.
– As redes de supermercados pretendem elevar a oferta de produtos orgânicos porque seus consumidores estão demandando isso. A indústria de alimentos quer ter mais fornecedores com essa característica. Os restaurantes, bares e hotéis cada vez mais querem ter uma parte dos seus cardápios para atender aos clientes que consomem produtos orgânicos – informou.
O diretor assegurou que há uma demanda em diferentes setores da economia por esse tipo de produto.
– É uma demanda crescente que hoje está represada pela oferta ou pela desorganização das cadeias produtivas do setor, que é um setor novo no Brasil.
O seminário vai apresentar as ações do núcleo temático Copa Orgânica e Sustentável, e é promovido pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), por meio do projeto Centro de Inteligência em Orgânicos, e pelo portal Planeta Orgânico, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).