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Expectativa de melhora nos preços do café motiva produtores a estocarem grãos em São Paulo

Representantes do setor alertam para superlotação de armazéns e problemas de logística, em função da estratégiaProdutores de café de São Paulo mantêm armazéns lotados nesta época do ano, na expectativa de preços melhores, com o fim da safra. A qualidade do produto, de modo geral, no entanto, deixa a desejar, conforme representantes do setor. O cafeicultor Pedro Cardoso Lima diz ter vendido menos da metade de sua colheita. Ele controla o restante, na esperança de um aumento na cotação do grão, uma vez que seu café é certificado.

– Se chegar a R$ 400,00, eu acho que está dentro da realidade. Estará razoável – afirma.

O gerente de cooperativa Daniel Gozzoli aponta que a chuva no início da safra provocou queda na qualidade do café. Segundo ele, a orientação da entidade é para que os produtores comercializem o produto estocado e aguardem melhora nos valores somente para o fim do ano.

– Como existe recurso, financiamento e estocagem por banco e instituições financeiras em geral, o produtor ainda é relutante nesta venda, buscando níveis de R$ 400,00 para café fino, no final do ano. Momentaneamente, um mercado bastante distante para o produtor, que aí rentabilizado permanece com o café estocado – pontua.

O galpão da cooperativa em que trabalha tem capacidade para 80 mil sacas de café. Atualmente, conta com 75 mil. Conforme o profissional, mas o normal é que fiquem, em média, 50 mil sacas armazenadas durante a safra.

– Há procura de galpões de aluguel para conseguir fazer o armazenamento desta safra, que deve ser a maior. A gente vai ter grandes problemas com a estocagem – alerta.

O produtor da região de Espírito Santo do Pinhal (SP) vende o grão por cerca de R$ 360,00 a saca. No ano passado, chegou a R$ 500,00, motivando a estocagem. Além da possível escassez de armazéns, representantes do setor alertam também para a geração de um grave problema de logística.

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