Os recados foram dados na primeira parte do julgamento, na quarta, dia 8. O conselheiro Ricardo Ruiz, que pediu uma semana de prazo para fazer uma avaliação mais detalhada do processo, deixou claro a tendência de seguir o voto do relator, Carlos Ragazzo. Mudanças de opinião não podem ser descartadas. Mas dado o tom dos envolvidos, é preciso um fato forte para inverter a direção dada pelo relator.
Durante a leitura do voto, Ragazzo rebateu ponto por ponto os argumentos da empresa. Disse que a união acabará com a rivalidade no setor, as companhias poderiam ampliar sua atuação no mercado externo individualmente e mostrou preocupação com possível aumento de preços.
Desmontou a proposta de acordo das empresas, que se dispuseram apenas a se desfazer de suas marcas de menor valor, conhecidas como “marcas de combate”.
Dado o tom duro do relator, a antecipação de Ruiz que deverá acompanhar Ragazzo e os elogios dos demais conselheiros ao teor do voto, os advogados não imaginam outro desfecho.