Cidade abriga duas plantas que produzem etanol de milho. Expectativa é que outras três iniciem o processo no Estado em 2015
Fernanda Farias | Campos de Júlio (MT)
Acompanhar o desenvolvimento das lavouras e levar informação ao agricultor sobre os desafios de produção. Com esse objetivo, duas esquipes de reportagem vão percorrer as principais regiões produtoras de soja do Brasil durante cinco mesmo. O primeiro destino é o Centro-Oeste brasileiro. A Expedição Soja Brasil está em Mato Grosso, maior Estado produtor de soja e milho do país.
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De Campos de Júlio, a 700 km e Cuiabá, nossa equipe segue para Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Jaciara. Serão 1000 km percorridos em uma semana.
A região está em início do plantio de soja, que deve alcançar nesta safra 27,6 milhões de toneladas. Aproximadamente 41% já comercializado. O milho já foi colhido: 20 milhões de toneladas. Apenas quatro milhões foram consumidos internamente. O restante vai para exportação, mas poderia ser transformado em etanol. O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, Glauber Silveira, chama atenção para o retorno financeiro que o milho pode proporcionar.
– Para se ter uma ideia, para cada um milhão de toneladas de milho que você transforma em etanol, você gera R$ 200 milhões em impostos. Se a gente pensar que aqui, no Mato Grosso, a gente teria condições de fazer 10 milhões de toneladas, nós estaríamos gerando R$ 2 bilhões em impostos para emprego, saúde e educação, transformando e agregando valor a todo esse milho – explica Silveira.
Na usina visitada em Campos de Júlio, o potencial de produção é de 400 litros de etanol para cada 100 kg de milho. A planta, que já produzia o combustível a partir da cana, foi adaptada para moer o grão. É a segunda usina flex em operação em Mato Grosso. A expectativa é que outras três iniciem o processo em 2015. Durante visita à unidade neste fim de semana, o ministro da Agricultura, Neri Geller, garantiu que há recurso disponível para novos projetos
– Nós tínhamos problemas por causa de acordos internacionais que foram assinados, mas isso está superado. O projeto que entrar nos bancos para serem financiados pelo BNDES, com aval do Ministério da Agricultura, está sendo liberado. E essa questão das usinas flex, de fazer o etanol é o que completa o ciclo. Você extrai o produto para fazer o etanol e o restante você manda para fazer a ração animal, você agrega à produção – afirma o ministro.
Veja a reportagem completa:
Acompanhe o trajeto da Equipe 1 da Expedição Soja Brasil: