A escolha por Porto Alegre busca mobilizar autoridades e lideranças do agronegócio, inclusive internacionais, uma vez que investidores de mais de 50 países participarão da feira. A previsão é superar os 168,5 mil visitantes e os R$ 512 milhões em negócios da edição passada.
O otimismo para a edição deste ano é justificado pelo cenário positivo no agronegócio. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra atual deve chegar a 24,31 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul ? a segunda maior da história. A quantidade de chuva no norte do Estado deve compensar as perdas devido à estiagem e superar os 2,1 mil quilos por hectare.
Os preços das commodities consolidam o quadro. A cotação do milho registra alta de 60% e a da soja, de 35%, em relação ao ano passado.
? Tudo isso dá tranquilidade ao produtor, que chega à feira sem quebra acentuada na lavoura, com preço forte e disposto a investir ? afirma o consultor Carlos Cogo.
No setor de máquinas, a prorrogação das linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve contribuir para mais negócios.
?Projetamos um incremento de 10% nos negócios ? diz Cláudio Bier, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do RS (Simers).
Pelo menos R$ 450 milhões de crédito estarão disponíveis na feira, segundo as instituições financeiras.
? O cenário atual é de grande otimismo e promete impulsionar os negócios ? acrescenta Carlos Ponzoni, gerente de planejamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).