Expointer 2012 é lançada no Rio Grande do Sul

Irrigação será o tema central da 35ª edição da feira, realizada de 25 de agosto a 2 de setembro em Esteio (RS)A Expointer 2012 foi lançada oficialmente nesta terça, dia 31, em Porto Alegre (RS). O tema da edição deste ano será Rio Grande Mais Sustentável, Economia Mais Forte. A irrigação será o principal foco do evento, que será realizado de 25 de agosto a 2 de setembro, em Esteio (RS), e chega à sua 35ª edição.

– A feira é o palco de afinação dos produtos do campo, apesar do período de seca – disse o secretário da Agricultura Luiz Fernando Mainardi.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, disse que espera que o volume de negócios supere 2011, quando atingiu mais de R$ 834 milhões. Bier pediu que o governador Tarso Genro interceda junto ao governo federal para que seja criada uma política específica para que o setor de máquinas e equipamentos possa competir com as indústrias argentinas.

Já o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, ressaltou que o setor ainda precisa de políticas de apoio aos produtores contra momentos de crise como o da seca deste ano. Ele também destacou a importância da intervenção do governo estadual na renegociação das dívidas dos agricultores.

A aérea destinada a máquinas agrícolas terá uma quadra destinada à irrigação, onde pelo menos nove empresas apresentarão produtos. A aposta na irrigação mostra o alinhamento do governo estadual com o federal.

Em encontro com produtores de aves no último dia 20, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, defendeu maior uso da irrigação como solução para anos de forte estiagem no Rio Grande do Sul. Neste verão, a safra gaúcha de grãos foi seriamente prejudicada e a menor oferta de milho, a quebra foi de 54%, levou os criadores a pedir ajuda ao governo.

A visão de que a irrigação deve resolver os problemas de produção é questionada pelo presidente da Associação de Criadores de Suínos no Estado, Valdecir Folador. Para ele, a medida é de médio e longo prazo, pelo alto grau de investimento necessário.

– A produção de milho e soja no Estado é cíclica e depende do preço. Para resolver isso, é preciso, antes de tudo, uma política agrícola definida – afirmou Valdecir Folador.

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