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Exportação brasileira de arroz esbarra na logística

Entraves para a venda ao mercado externo serão abordados na Expoarroz 2011Apesar de ter boas perspectivas para 2011, a exportação brasileira de arroz esbarra em um velho problema, a logística. No Rio Grande do Sul, o porto de Rio Grande, por exemplo, fica a 70 quilômetros de Pelotas, mas os caminhoneiros que saem da indústria da cidade levam dois, às vezes até três dias esperando para descarregar.

? Isso gera um custo logístico muito alto e dificulta muito a operação. Às vezes, a própria operação com contêineres é dificultada por falta de equipamento no porto. Então esse é o maior entrave na nossa exportação. A gente poderia estar exportando bem mais se pensássemos, se tivéssemos uma logística efetiva, mais eficaz daquela que temos hoje ? disse Márcio Jandt, gerente comercial da Nelson Wendt alimentos.

A Nelson Wendt alimentos, de Pelotas, na região sul do Rio Grande do Sul, que tem 47 anos de atuação no mercado brasileiro, sempre vendeu para o nordeste do país e desde 2007 vem apostando no mercado internacional, especialmente países da África. Em 2008, alcançou 15 mil toneladas. E mesmo reduzindo um pouco o volume nos anos seguintes, manteve os clientes no exterior.

? Eu acredito que a partir de então o arroz brasileiro está sendo conhecido, alcançou mercados e hoje já disputa, já é um player no mercado mundial. Este é um ano que vai haver excedente, já está havendo, então esperamos que vá ser um ano de muita exportação, talvez até o melhor ano desde 2007 ? disse Jandt,

Para o coordenador da Expoarroz 2011, Fernando Estima, as exportações serão tema importante do evento. Os entraves para a venda ao mercado externo também serão abordados.

? Nós só não vamos exportar mais por problemas de infraestrutura. Nós precisamos de mais armazenamento, rodovias melhores e porto com mais infraestrutura. E isso vai estar na pauta aqui a discussão com as autoridades pertinentes ? frisou o coordenador da feira.
 
Segundo ele, a cadeia do arroz precisa aprender com o que já fazem outros segmentos como o café, a soja e o vinho.

? Nós precisamos discutir melhor como o Brasil precisa se posicionar como exportador. Nós não temos problema de produzir e nem de industrializar, temos problema em ser comerciantes internacionais, e é esse o desafio ? concluiu.
 
Na quarta, dia 11, devem acontecer as rodadas de negociação. Os representantes de 15 países convidados conhecerão a região e as indústrias nesta terça, dia 10, e na quarta, sentam para as tratativas. Integrantes dos programas sociais da ONU também vão visitar a Expoarroz.

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