Segundo Menegotto, o mercado internacional é muito exigente e meticuloso, mas este pode ser um bom caminho em 2009 para driblar a alta carga tributária brasileira.
? Esta pode ser a grande saída dos pequenos empresários do ramo, já que a quantidade de impostos a serem pagos com a exportação acaba sendo menor do que a do mercado interno. O comprador internacional exige que um órgão idôneo ateste a qualidade do seu produto.
Para o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), as exportações do produto em 2009 devem permanecer estáveis, mas com uma leve tendência de crescimento.
É no crescente interesse estrangeiro que aposta o empresário gaúcho. A abertura do mercado externo, segundo Menegotto, aconteceu depois do apoio do Sebrae e da Apex na participação em feiras internacionais. Em 2007, na feira da Alemanha, negócios foram fechados com compradores alemães e suíços. Em 2008, na feira de Paris, Menogotto encontrou outro comprador alemão. No total, ele vem exportando cerca de 5 mil garrafas por ano para estes clientes.
? Também estamos em negociação com um grupo de franceses e outros dois grupos americanos. Mandamos amostras para a Itália, Inglaterra e Austrália ? diz o empresário.
Segundo ele, a maior dificuldade para exportar é encontrar do outro lado um parceiro disposto a investir na marca, comprando a idéia do produto.
? Não adianta vender para um importador estrangeiro e o seu produto ficar no porto. É preciso que ele divulgue o produto, coloque em gôndolas atraentes, faça propaganda.
O empresário gaúcho critica a dificuldade de as empresas brasileiras exportarem produtos acabados. De acordo com Menegotto, o Brasil sabe exportar commodities ou oportunidades, ou seja, exporta quando as condições estão favoráveis.