A alta deve compensar a esperada queda de produção na América Central e no México, cujas lavouras de café sofrem com um surto do fungo roya, causador da ferrugem.
Segundo Braga, os produtores devem vender um volume maior de café do ciclo passado “para dar espaço” à nova safra. A colheita de arábica, que forma a maior parte da produção do Brasil, começa em junho. Cafeicultores brasileiros seguraram parte da safra do ano passado à espera de melhores preços, mas a venda desse volume agora pode render ainda menos do que em 2012.
– O café verde pode ser armazenado por muito tempo, mas seu sabor se deteriora e denuncia claramente sua idade, o que o torna menos valioso se comparado a cafés de safras mais recentes ou da atual – disse Christian Wolthers, presidente da importadora Wolthers America.
No ano passado, o Brasil teve uma produção recorde de 50,83 milhões de sacas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso resultou em uma queda de 25% nos preços futuros do arábica na Bolsa de Nova York nos últimos 12 meses. A produção este ano será um pouco menor, mas pode superar os 50 milhões de sacas, segundo a Conab. As informações são da Dow Jones.