Boi
As exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada apresentaram em julho um crescimento de 23% em volume em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta é uma sinalização de que o setor pode apresentar equilíbrio e mesmo algum crescimento até o final de 2017.
Os dados divulgados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) indicaram que o mercado externo está amplamente favorável ao produto brasileiro, inclusive com recuperação nos preços do boi gordo. O Egito voltando às compras e o aumento das importações de países como China, Rússia, Irã, Estados Unidos e Arábia Saudita ajudaram no resultado positivo.
Aqui no Brasil, o mercado físico segue com viés de alta. Segundo a Safras & Mercado, além do recebimento dos salários há também o dia dos pais como estímulo à demanda na primeira quinzena de agosto. Já o mercado atacadista também apresentou preços em alta. Segundo o analista da consultoria, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios segue propício a novos reajustes no curto prazo, em linha com a demanda mais aquecida neste início de mês.
Dólar
O dólar chegou apresentar leve baixa neste início de semana, mas durante o dia praticamente, ficou estável. Houve cautela entre os investidores do Brasil, diante dos sinais de enfraquecimento da base aliada do presidente Michel Temer, que coloca em xeque a reforma da previdência e o programa de ajuste fiscal. No cenário externo, a moeda norte-americana também reagiu, depois do relatório favorável sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Ao fim do dia a moeda terminou estável, cotada a R$ 3,126 para venda.
Soja
Os contratos da soja na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira, dia 7, em alta. Nas posições spot, os ganhos foram de 1,10% no grão e de 1,48% no farelo, e perdas de 0,26% no óleo. O mercado buscou uma recuperação frente às perdas da semana passada, quando atingiu o pior patamar em um mês. A previsão de leve redução nas chuvas para o cinturão produtor americano nesta semana e na próxima também atuou como fator de suporte aos preços.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou mais um relatório sobre o acompanhamento da safra do país. De acordo com o órgão, 60% das lavouras estavam entre boas e excelentes condições, 28% em situação regular e 12% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 59%, 28% e 13%, respectivamente.
Aqui no Brasil o mercado interno da oleaginosa iniciou a semana pouco agitado nas diversas praças de comercialização do país. Mês com altas de até 13 pontos nos principais contratos da bolsa, os preços da soja permaneceram em níveis pouco atrativos e os negócios não se concretizaram.
Milho
O mercado brasileiro de milho voltou a se deparar com problemas de logística no início da semana. O escoamento da safra tem fluído de maneira mais lenta do que o esperado. De acordo com a Safras & Mercado, a colheita do grão no Brasil atingiu 63,7% da área cultivada. Os trabalhos estão mais avançados no Mato Grosso, atingindo 81% da área, seguidos por Goiás, com 60% e Paraná, com 57% da área colhida. Muitos produtores optam por reter o produto e aguardar a divulgação do relatório de oferta e demanda, que será divulgado nesta quinta-feira, dia 10, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A expectativa dos analistas é que esses dados movimentem o mercado nos próximos dias. Confira o preço do milho na sua região.
Em Chicago o mercado repercutiu as informações sobre o clima norte americano, que prevê uma diminuição nas chuvas. Além disso, os investidores acompanharam os dados de exportações semanais do grão, que chegaram a 979.006 toneladas na semana encerrada no dia 3 de agosto. No período anterior, as vendas foram de 993.045 toneladas.
Em relação à condição da safra dos Estados Unidos, o USDA revelou uma queda no número de lavouras em ótimas condições. Segundo o órgão americano 60% da safra estava entre boas e excelentes condições, 27% em situação regular e 13% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 61%, 26% e 13%, respectivamente.
Café
O café arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) abriu sua sessão de segunda-feira em queda e chegou a operar abaixo da importante linha técnica de 140 cents por libra-peso para setembro, mas não se manteve aquém desse patamar e encontrou recuperação. Fatores técnicos predominaram no dia com os investidores realizando compra de contratos. As preocupações com o tamanho final da safra brasileira também ajudou a sustentar o mercado. Há uma expectativa de perda no rendimento do beneficiamento do café e grão miúdos. O contrato de setembro de 2017 fechou cotado em 142,05 cents por libra-peso, com alta de 190 pontos (1,35%).
No mercado físico o início da semana foi de preços do café mais firmes, mas com volume não muito expressivo, no geral. Os negócios foram regionalizados, enquanto em algumas partes do cinturão cafeeiro teve mais entrega de futuro, em outras, os vendedores aproveitaram a alta na bolsa para fazer caixa.
Previsão do tempo
A terça-feira, dia 8, é de instabilidades no Sul e no Norte do Brasil. No Norte, o calor e umidade favoreceram temporais com trovoadas e até mesmo rajadas de vento na faixa norte da região. No Sul, uma região de baixa pressão atmosférica, que mais tarde dará origem a um sistema frontal, provoca chuvas e trovoadas, mas principalmente rajadas de vento fortes no Rio Grande do Sul. No interior do país, o tempo seco aumenta a umidade relativa do ar e também o registro de queimadas. Veja como vão ser as chuvas na safra de verão.
Sul
A primeira parte do dia desta terça-feira é de tempo firme, com apenas variação de nuvens e temperaturas bastante elevadas para esta época do ano sobre os estados do Paraná e de Santa Catarina, mas o tempo muda em todo o Sul até o final do dia. Uma área de baixa pressão atmosférica dá origem a um sistema frontal sobre o Sul, que avança rapidamente pela região. O sistema espalha chuvas, trovoadas e ventos fortes primeiramente no Rio Grande do Sul e mais tarde sobre Santa Catarina e também no leste, sul e extremo oeste do Paraná. Apenas a faixa centro-norte paranaense é que segue com sol entre nuvens e tempo abafado.
Sudeste
O tempo segue firme e com predomínio de sol em grande parte dos estados do Sudeste. Somente no sul de São Paulo é que há um aumento de nebulosidade no fim do dia, por conta de um sistema frontal no Sul do País que ainda não avança pelo estado. As temperaturas da manhã seguem mais amenas em boa parte de Minas Gerais e leste de São Paulo, mas ao longo do dia, as máximas sobem e faz calor especialmente na metade oeste paulista e mineiro.
Centro-Oeste
O tempo muda ligeiramente no Centro-Oeste. A maior parte da região segue com tempo firme, ensolarado e quente a exemplo dos dias anteriores, mas o tempo volta a mudar em áreas de divisa de Mato Grosso com Rondônia e o Amazonas. Nestas áreas, há aumento da quantidade de nuvens e já não se descarta chuva isolada no final de tarde, por causa de instabilidades tropicais. Em Mato Grosso do Sul, mesmo com um sistema frontal atuando na região Sul, não há previsão de chuva. Porém, há condição para rajadas de vento de moderada a forte intensidade em áreas mais próximas do Paraná.
Nordeste
A chuva segue concentrada sobre toda a faixa leste do Nordeste. Tem condição para chuva fraca a moderada, concentrada à noite, especialmente entre Salvador (BA) e Natal (RN). Também chove no noroeste do Maranhão, por causa de instabilidades que atuam no Pará. Nas demais áreas, o tempo fica firme e com predomínio de sol entre poucas nuvens. As temperaturas seguem levadas no interior nordestino, em especial no sul piauiense e maranhense.
Norte
A chuva segue concentrada entre o Amazonas e do Pará, em Roraima e Amapá, mas desta vez também volta a se espalhar mais para parte do Acre e de Rondônia de forma localizada e com baixo acumulado. Apesar da condição para chuva, as temperaturas ficam elevadas e com sensação de abafamento. Já entre o sudeste do Pará e no Tocantins, o tempo fica firme e seco, com a umidade do ar muito baixa.