Com a colheita recorde do milho safrinha que acumulou 7,8 milhões de toneladas no ciclo 2012/13, a expectativa é de que o Estado mantenha o nível de exportação de 2012, quando enviou pelos portos o volume de 1,5 milhão de toneladas. Além da oferta em grande escala, a valorização do dólar e, consequentemente, a depreciação do real, deixam os preços atrativos para o mercado externo, aumentando a possibilidade de comércio com o Japão e a Coréia do Sul, principais importadores do milho sul-mato-grossense neste ano.
Segundo a economista da Famasul Adriana Mascarenhas, o grande volume de exportação de milho de Mato Grosso do Sul é um fator atípico que ganhou proporção com a quebra da safra dos Estados Unidos no ano passado. O insucesso dos norte-americanos em 2012 fez com que o Estado aumentasse suas exportações de milho em 226% e encaminhasse 1,5 milhão de toneladas para o exterior, na comparação com as 437 mil toneladas exportadas em 2011.
– Mato Grosso do Sul tem potencial para se tornar ainda mais competitivo no mercado externo do milho e para aproveitar a desvalorização da moeda local. Mas, neste momento, os agricultores estão dependentes dos resultados da safra norte-americana e da ineficiência da logística brasileira – afirma Adriana.