– Em 2012, a receita de vendas das rações mineiras representou 14,7% das exportações brasileiras do produto, US$ 123,8 milhões, maior parcela já registrada – afirma a assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea), Márcia Aparecida de Paiva Silva.
Os resultados são positivos. A cifra dos primeiros nove meses de 2012 é 232,2% superior à média do valor exportado, anualmente, desde 2001, que é de US$ 5,5 milhões.
O segmento que tem maior contribuição no grupo é o de rações para cães e gatos, com parcela de 49,8% do montante total registrado nos primeiros nove meses de 2012. A receita de vendas desse grupo atingiu US$ 9,1 milhões, crescimento de 9,2% em relação ao montante do período de janeiro a setembro de 2011.
Nas exportações do grupo, o maior crescimento foi o especificado como outras preparações para alimentação animal. O aumento das vendas externas dessa classificação foi de 2.221,5% e o montante se aproximou do valor auferido pela ração para cães e gatos, com parcela de 49,7% e cifra de US$ 9,0 milhões.
Chile lidera compras
O bom desempenho das exportações mineiras de rações para animais se deve principalmente ao aumento das compras dos principais países importadores. Márcia Silva assinala que o desempenho do Chile se destacou dentre os demais membros. Com isso, o país assumiu a liderança das compras, posição ocupada pelo Uruguai no período de janeiro a setembro de 2011.
As compras chilenas passaram de US$ 322,7 mil para US$ 9,0 milhões, uma expansão de 2.681%, comparando os três primeiros trimestres de 2011 e 2012. O Uruguai, segundo colocado, importou US$ 2,6 milhões e aumentou em 44,4% suas compras dos produtos mineiros.
O terceiro colocado no ranking dos principais destinos foi a Colômbia, que aumentou suas compras em 103,5%, alcançando o montante de US$ 1,1 milhão.
– Os três principais destinos absorveram 69,8% das exportações mineiras de rações para animais, evidenciando que a maior parcela das vendas externas desses produtos destina-se a países latino-americanos – acrescenta a assessora.
Para Márcia Silva, o aumento das exportações de produtos não convencionais, como as rações, é uma boa alternativa para minimizar os efeitos negativos do desaquecimento das exportações estaduais.
– Os setores tradicionais da economia mineira são os mais afetados por terem maior densidade comercial. Essa é a grande contribuição da diversificação de mercados que, juntamente com a agregação do valor aos produtos, colabora para a expansão das relações internacionais mineiras. Esses mecanismos são capazes de reduzir os efeitos da crise financeira internacional e do consequente arrefecimento do comércio mundial – analisa Márcia.
Vendas externas em ascensão:
US$ 18,2 milhões (+108,4%) – Aumento de 232,2% desde 2001
Rações para cães e gatos: US$ 9,1 milhões (+9,2%)
Principais Destinos:
Chile: US$ 9,0 milhões (+2.681,0%)
Uruguai: US$ 2,6 milhões (+44,4%)
Colômbia: US$ 1,1 (+103,5%)