Exportação semanal dos EUA surpreende e soja sobe 1% em Chicago

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Marisa Yuri Horikawa/Embrapa

Soja
Os contratos da soja na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, dia 17, com alta. Nas posições spot, os ganhos foram de 1% no grão. Sinais de demanda aquecida pela soja americana garantiram a recuperação. As altas só não foram maiores devido à previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas.

As exportações líquidas norte-americanas, referentes à temporada 2016/2017 ficaram em 453,2 mil toneladas na semana encerrada em 10 de agosto, contra 45 mil toneladas na semana anterior. Para a temporada 2017/2018, foram 899,4 mil toneladas, contra as 639,3 mil toneladas da semana anterior. A leitura doa analistas é que a China continua com forte presença no mercado, comprando acima das projeções.  As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e surpreenderam o mercado.

No Brasil, o mercado interno apresentou maior movimentação. Desta forma, melhores negócios foram registrados, com vendas no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. Veja os preços da soja na sua cidade.

Milho
O milho na bolsa de Chicago teve preços mais baixos. O mercado estendeu as perdas da quarta-feira, dia 16, quando atingiu o pior patamar desde final de junho – em meio à previsão de chuvas favoráveis sobre o meio-oeste dos Estados Unidos.

Já o mercado interno teve um dia de preços do milho mais firmes. A oferta limitada do grão, com pouca fixação do produtor rural, além dos fretes escassos e caros estão dificultando a situação dos compradores. Inclusive, um levantamento feito pela consultoria INTL FCStone indicou que o preço médio do frete subiu R$ 50 em seis semanas. Isso acontece devido à alta do PIS/Cofins sobre o diesel, combinado com a super safra de grãos.

Em Mato Grosso os leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador pago ao Produtor (Pepro) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociaram quase 100% da oferta.  Na próxima quinta-feira, dia 24, novos leilões serão realizados.

Café
A bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) encerrou as operações da quinta-feira com cotações do café mais baixas. O mercado cedeu diante da firmeza do dólar contra o real e outras moedas. Fatores técnicos pesaram sobre as cotações, com o mercado rompendo suportes, além das rolagens de contratos pesaram também sobre os preços. O vencimento dezembro, com mais números de contratos abertos, terminou com queda de 1,82% cotado a 132,05 cents por libra-peso.

Por conta dessa queda na bolsa, o mercado físico teve poucos negócios. Durante boa parte da quinta-feira o dólar trabalhou no campo positivo, mas não foi suficiente para animar os produtores brasileiros. A presença da indústria continua firme e a necessidade por cafés mais fracos tem dado suporte às cotações, inclusive de bica dura, caso encaixe no padrão da bebida. Enquanto isso, a colheita no Brasil segue com avanço de 91% contra 86% no mesmo período do ano passado.

Boi
O mercado interno seguiu com preços do boi gordo mais firmes. Como a oferta de animais ainda é restrita nas regiões produtoras, o viés de alta permanece e deve manter o fôlego dos pecuaristas em curto prazo. 

Os frigoríficos em geral não possuem escalas de abate tão confortáveis como nas semanas anteriores e a expectativa é que continue assim. Segundo a Scot Consultoria, em São Paulo existem indústrias que trabalham com apenas um dia de compras à frente.

No mercado atacadista os preços ficaram estáveis. A reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês limita movimento de alta nos preços da carne bovina, entretanto os preços ainda podem subir, mesmo que de maneira comedida.

Dólar
A moeda norte-americana encerrou em alta, após permanecer no positivo durante toda a sessão, acompanhando o movimento externo. Durante a tarde, um atentado terrorista causado por um atropelamento em Barcelona, na Espanha, aumentou a aversão ao risco e levou o dólar a renovar as máximas do pregão, chegando a R$ 3,183.

Outro fator apontado como principal motivo de aversão ao risco é a crise política enfrentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, este sentimento tomou conta dos mercados desde a abertura. Somado a isso ainda tem a incertezas sobre as definições do banco central americano e europeu, que acabaram levando o dólar comercial a terminar negociado a R$ 3,179, alta de 1,01%.

Previsão do tempo
A madrugada desta sexta-feira, dia 18, foi de chuva desde o Amazonas até os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas é no Acre, extremo sul do Amazonas, Rondônia e noroeste de Mato Grosso que a intensidade é mais forte e acompanhada por várias descargas elétricas. Tudo isso acontece por conta de uma frente fria, que se afasta da costa do Sudeste do país, mas ainda ajuda a organizar a umidade da Amazônia pelo Sudeste e Centro-Oeste. Já o frio destas primeiras horas do dia é maior sobre alguns municípios do Paraná e de Santa Catarina, onde os termômetros já marcam 3,5°C em General Carneiro (PR). Veja como vai ficar o tempo para a safra verão.

Sul
Áreas de instabilidade associadas a um corredor de umidade da Amazônia ainda levam chuva para praticamente todo o Paraná, com exceção da faixa sul e leste. São esperadas descargas elétricas no norte paranaense, mas não há potencial para elevados acumulados. Mesmo com menor intensidade da chuva, as temperaturas ficam baixas no decorrer do dia. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul o sol aparece com poucas nuvens desde cedo e as temperaturas sobem um pouco mais com relação aos dias anteriores. Para a semana que vem a previsão do tempo indica uma possibilidade de geadas.

No sábado, dia 19, o tempo muda de vez. A combinação de uma área de baixa pressão atmosférica no Paraná, uma frente fria entre o Rio Grande do Sul e o Paraguai, um corredor de umidade da Amazônia e ventos no alto da atmosfera causam chuva forte em toda a região Sul. A chuva mais intensa ocorre no Paraná, com risco para eventuais transtornos. No Rio Grande do Sul, além da chuva, há risco para rajadas de ventos de moderada a forte intensidade, também por influência da chegada de uma frente fria no final do dia. Com o tempo mais fechado, as temperaturas ficam mais baixas no período da tarde.

Sudeste
Um sistema frontal no oceano, praticamente estacionado, ainda organiza chuva no Sudeste. A chuva continua no estado de São Paulo, no extremo oeste, sul e zona da mata de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo. Nestas áreas as temperaturas não devem subir muito, mas ao longo do dia, o tempo abre um pouco mais e deixa a sensação ligeiramente mais agradável do que o dia anterior à tarde. Nas demais áreas do Sudeste, o sol aparece desde cedo e não chove. A sensação de tempo abafado continua no norte de Minas Gerais.

Centro-Oeste
A chuva continua a ocorrer a qualquer momento, com descargas elétricas em Mato Grosso do Sul e no oeste e faixa sul de Mato Grosso. Trata-se de um corredor de umidade da Amazônia que chega até um sistema frontal estacionário na altura da costa do Sudeste. Nas demais áreas do Centro-Oeste o tempo segue quente e aberto, com a presença do sol e poucas nuvens. É o caso do norte de Goiás, que não recebe chuva há quase 150 dias.

Nordeste
A chuva se espalha entre o litoral da Bahia, do Ceará e também em parte do Maranhão. As pancadas ocorrem a qualquer hora do dia, alternadas com períodos de tempo firme. Algumas áreas de instabilidade reforçam a chuva entre Aracaju (SE) e Maceió (AL) e esperados volumes mais altos. Nas demais áreas do Nordeste, uma massa de ar seco predomina e garante o tempo firme. As temperaturas ficam elevadas no interior da região e a umidade do ar fica abaixo do ideal.

Norte
O tempo fica firme no Tocantins, na maior parte do Pará e no oeste do Amazonas nesta sexta-feira. As temperaturas se aproximam dos 40°C a tarde. Em todas as demais áreas o Norte as nuvens carregadas se formam ao longo do dia por causa do calor e da umidade alta e são esperadas pancadas isoladas a qualquer momento, alternadas por períodos de tempo firme. Em todos os estados a sensação é de calor e de tempo abafado.