Em maio, os compromissos de vendas chegaram a 1,348 milhão de toneladas – 1 milhão dos quais será destinado ao mercado chinês. O restante vai para o Sudeste Asiático, Egito e Itália, segundo o analista Guillermo Rossi, do Centro de Estudos Econômicos da Bolsa de Rosario.
Praticamente todo o saldo exportável da Argentina é destinado à China, que em 2012 comprou 80% da oferta local. Rossi disse desconhecer os comentários de que os argentinos estariam exportando soja também para os Estados Unidos.
– Não sabemos se vai ser concretizada alguma venda de soja para os Estados Unidos no futuro. Pelo menos até maio, não há nenhum embarque previsto – disse.
Conforme ele, juntos, Argentina, Brasil e Paraguai deverão exportar em maio o recorde de 10 milhões de toneladas, superando os nove milhões de toneladas embarcados em igual período de 2012.
– O pior no Brasil já passou e a oferta sul-americana de soja permite acalmar a demanda da China – opinou Rossi, sobre os recentes entraves logísticos nos portos brasileiros. Ele estimou que o Brasil está em condições de oferecer cerca de 8,5 milhões de toneladas.
A analista Natalia Colombo, da consultoria DDL, de Rosario, confirmou que, até o momento, não há previsão de embarque de soja argentina ao mercado dos EUA.
– Estados Unidos costumam comprar soja sul-americana, mas de origem brasileira porque os fretes são mais baratos.
De acordo com o que ouviu de um operador norte-americano, os EUA estão à espera de um carregamento de soja do Brasil.
A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de soja, atrás somente dos EUA e Brasil, e o maior produtor de óleo e farelo de soja. Das 48,5 milhões toneladas da safra atual, 38,39 milhões de toneladas serão destinadas à moagem doméstica. Deste total, cerca de 32 milhões de toneladas serão transformados em farelo e sete milhões de toneladas em óleo de soja, dos quais quatro milhões de toneladas serão para exportação, conforme dados da Bolsa de Rosario.