Ainda assim, o desempenho do agronegócio impediu que o déficit do comércio exterior paulista fosse maior, de acordo com os pesquisadores José Roberto Vicente e José Sidnei Gonçalves. É que as importações do Estado nos demais setores (sem considerar o agronegócio) somaram US$28,44 bilhões, para exportações de US$14,08 bilhões, o que resultou no déficit externo desse agregado de US$ 14,36 bilhões.
A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado (US$ 21,77 bilhões) recuou 1,4 ponto percentual, enquanto a participação das importações no valor total (US$ 32,54 bilhões) aumentou 1,0 ponto percentual, na comparação de janeiro a maio de 2011 com o mesmo período de 2010.
No cenário nacional, as exportações do agronegócio cresceram 21,8% nos primeiros cinco meses, para US$35,71 bilhões, na comparação com igual período do ano passado. Já as importações do setor subiram 46,3%, para US$12,32 bilhões, o que resultou em superávit setorial de US$23,39 bilhões (11,9% superior ao do mesmo período do ano anterior).
? Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 58,90 bilhões e importações de US$73,74 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 14,84 bilhões ? disseram os pesquisadores do IEA.
A participação do agronegócio no total do país (US$94,61 bilhões) recuou em termos das exportações (-3,0 pontos percentuais), mas aumentou 1,6 ponto percentual com relação ao valor total das importações (US$86,06 bilhões).
Quanto à participação do agronegócio paulista, no total setorial brasileiro, as exportações de São Paulo representaram nos primeiros cinco meses do ano 21,5%, ou seja, 2,0 pontos percentuais a menos do que no mesmo período em 2010. Já as importações representaram 33,3%, sendo 2,0 pontos percentuais inferior à verificada no ano passado.