Exportações do agronegócio têm saldo positivo de US$ 75,15 bilhões em 2015

Apesar de o volume embarcado ter crescido, houve redução no valor obtido em relação aos resultados de 2014

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou nesta segunda-feira, dia 11, que a balança comercial do agronegócio teve saldo positivo de US$ 75,15 bilhões em 2015. Embora o volume exportado tenha crescido, houve redução no valor obtido com os embarques em relação ao ano anterior, quando os embarques renderam um superávit de US$ 80 bilhões.

Milho, soja em grão e carne de frango estão entre os produtos que bateram recorde de exportação no ano passado. O milho apresentou o maior aumento: as vendas no mercado externo cresceram 40%, totalizando quase 29 milhões de toneladas. As exportações de soja em grão aumentaram 19% e alcançaram 54,3 milhões de toneladas, a maior quantidade registrada até hoje.

Já a venda de carne de frango in natura aumentou 7%, chegando a quase 3,9 milhões de toneladas. O frango, inclusive, foi o grande destaque entre as carnes: representou quase metade (48%) do total exportado. Já a carne bovina in natura e processada caiu 12% e atingiu 1,3 milhão toneladas.

De acordo com a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo, a queda nos preços internacionais foi compensada pelo aumento de volume e pela conquista de novos mercados.

“Os nossos produtores receberam mais em valor até em relação ao melhor ano (até então), que foi 2013, quando exportamos US$ 97 bilhões, mas recebemos R$ 217 bilhões”, afirma a secretária.

A expectativa para 2016 é de crescimento. Há expectativa de concluir as negociações para a abertura dos mercados da Coreia do Sul – um dos maiores importadores mundiais de carne suína – e da África do Sul, para onde o Brasil já vende produtos para uso industrial, mas poderá negociar também com o varejo.

Com a possibilidade de embarques para novos destinos, principalmente de carne bovina, a secretária do Mapa acredita que este ano haverá crescimento no valor exportado. “Estamos esperando um crescimento de 2% em valores exportados em dólar”, afirma Tatiana Palermo.