• Leia mais notícias sobre algodão
O ritmo da comercialização tem colaborado para esses resultados positivos, pois até o início de outubro já foram negociadas 725,3 mil toneladas da fibra, atingindo 73% da produção total da safra 2013/2014. O Brasil é o único grande produtor que possui algodão em boa qualidade disponível no mercado nesse período do ano. Segundo o Imea, essa é a melhor oportunidade para aproveitar a demanda externa, que tem aproveitado as baixas cotações para fechar negócio.
Mesmo com o cenário de queda, o preço do algodão disponível registrou leve alta de 0,4% na semana, fechando a R$ 50,46/@, devido à alta no mercado internacional, aliado a queda no frete, que essa semana fechou na média de R$ 251,00/t. O contrato com entrega para dezembro subiu 2,6% na semana, fechando a cents de US$ 64,10/lp. Elevação causada principalmente por especuladores se mantendo em posição de compra no mercado.
Com a elevação da paridade de exportação, a relação entre insumos e algodão para julho/2015 caiu 1%, portanto, o produtor precisa vender 83,81@/há para cobrir seus insumos. Por causa da entrada da moeda no mercado brasileiro, elevando a oferta, o dólar caiu 2,3% na semana, fechando a média semanal a R$ 2,42/US$.
Demanda
Com a retirada total da safra 2013/2014 dos campos em Mato Grosso, o Estado vai ofertar um milhão de toneladas de pluma nesta safra, número 2,55% superior ao estimado. Dessa oferta, 98,9% veio do campo, na produção de 995 mil toneladas, com as 11,4 mil toneladas restantes provenientes de estoques finais da safra passada.
A demanda pela pluma mato-grossense pode atingir 95,4% da oferta total, ou seja, 960,4 mil toneladas. A preferência deve ficar para o mercado interno, uma vez que as estimativas apontam para consumo interestadual de 537 mil toneladas, enquanto 370 mil toneladas devem ser exportadas, e 53,5 mil toneladas devem permanecer para consumo das indústrias do Estado, resultando em estoques finais de 46 mil toneladas.
Para o Imea, é possível verificar que a demanda, de fato, existe, porém o que preocupa são os preços, que insistem em permanecer abaixo do ponto de equilíbrio de R$ 63,16/@.