Comparativamente ao mesmo período do ano anterior, o volume exportado apresentou crescimento de 14%, mas é preciso considerar dois momentos totalmente diferenciados.
Segundo do diretor comercial do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), Rubens Silveira, enquanto que no ano passado os preços internacionais atingiram picos históricos permitindo a abertura dos mercados e aumentando a participação do cereal brasileiro, neste ano, mesmo com cenário mais desfavorável, com os preços internacionais mais baixos e com a valorização do real frente ao dólar, o Brasil continua alavancando as vendas externas.
? Mostrando que está se consolidando como importante exportador mundial do cereal ? completa.
No acumulado do ano, as exportações geraram US$ 224 milhões, um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, quando apresentou preços bem mais atrativos que os atuais. O arroz parboilizado, com volume de 37,4 mil toneladas, representou 60% das exportações do mês, tornando-se o principal produto da pauta exportadora do cereal. O produto apresenta grande aceitação mundial pela sua qualidade e pela logística operacional, sendo um importante nicho de mercado que permite agregar valor às vendas externas – atualmente mais valorizado do que o tradicional arroz branco.
Os principais destinos do arroz beneficiado em setembro foram os países africanos, sendo Benin com 18,5 mil toneladas e Nigéria com 3,6 mil toneladas e principalmente, a África do Sul que, com quase 10 mil toneladas importadas no mês, vem se tornando um dos maiores clientes do arroz brasileiro, e que apresentou crescimento superior a 250% nos volume embarcados em relação ao ano anterior. Estes países são os quatro maiores importadores com mais de cinco milhões de toneladas anuais, sendo que do Brasil importaram apenas 370 mil no período. O continente africano, atualmente, representa mais de 73% das exportações nacionais.