No ano, as exportações já acumulam US$ 7,1 bilhões, superando em 40% os resultados de igual período de 2010. Já as importações alcançaram US$ 5 bilhões, com crescimento de 18,3%.
Soja e derivados foram os principais itens exportado no mês, com US$ 237,5 milhões e 86% de crescimento, resultado da safra recorde de 3,2 milhões de toneladas colhidos no oeste do Estado. Óleo combustível, celulose, algodão e cobre, todos produtos básicos ou semimanufaturados, vêm a seguir como os principais responsáveis pelo desempenho em agosto. No setor de manufaturados, destacam-se as exportações de automóveis, com crescimento de 63,6%.
No ano, os preços médios das principais commodities exportadas pelo Estado variaram positivamente de forma expressiva. Café (56,5%), petróleo (39,8%), cobre (33,8%), algodão (33,6%), soja (32,2%), cacau (30,8%) e celulose (9%) são alguns exemplos, o que fez com que as receitas totais das exportações baianas no ano crescessem 40%, não obstante o volume físico embarcado tenha encolhido 1,4% no período.
? Mesmo que os preços de exportação recuem daqui para frente, o que já vem ocorrendo com o petróleo e o cobre, por conta da desaceleração nas economias americana e europeia, o efeito na balança comercial baiana só deve aparecer no fim do ano ou início de 2012, já que a maioria das commodities embarcadas hoje e nos próximos meses pela Bahia já está selada, por contratos já fechados no período de alta das cotações ? explicou o coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), Arthur Souza Cruz.
Influenciadas pela entrada de bens de consumo, preços do petróleo e dólar favorável, as importações somaram em agosto US$ 749,7 milhões, segundo maior valor histórico. Nafta, fertilizantes, combustíveis, automóveis, minério de cobre, cacau e trigo foram os produtos com maior peso. As compras de nafta para a petroquímica cresceram 119% no mês, o que pode sinalizar uma recuperação da produção industrial do estado para os próximos meses, dado o forte vínculo entre importação baiana e indústria.
Com os resultados de agosto, a corrente de comércio externo da Bahia atingiu no ano US$ 12,2 bilhões, gerando um superávit de US$ 2 bilhões, o que supera em 41% o saldo obtido no mesmo período do ano passado.