Em 2009, as vendas para o Exterior devem chegar a US$ 155 bilhões. Passado o período mais grave da crise, a participação brasileira nas exportações mundiais também tem previsão de aumento. Nos próximos quatro anos deve subir dos atuais 1,3% para 1,6%. As oportunidades da economia nacional devem ainda atrair mais investimentos estrangeiros. A estimativa é que US$ 40 bilhões de outros países devam entrar no Brasil em 2010.
Sobre o dólar baixo, reclamação constante dos exportadores, o presidente da agência, Alessandro Teixeira, afirma que o empresário brasileiro precisa aprender a conviver com o câmbio real.
? Eu não vejo o câmbio como um impeditivo pode ser uma restrição em alguns setores, mas na verdade nós vamos ter que acostumar a ser uma economia forte, uma economia pujante e nos próximos anos quem sabe na próxima década a gente vá ser a quinta maior economia do mundo.
As exportadoras brasileiras mudaram sua estratégia ao longo de 2009 para evitar maiores perdas e enfrentar melhor os efeitos da crise internacional. Para isso, direcionaram suas vendas para a China. Segundo Teixeira, vários setores vinham apostando fortemente no mercado japonês, mas perceberam que haveria um forte desaquecimento da economia do Japão e mudaram o rumo de sua estratégia.
? No ano passado, avaliou-se que haveria uma queda expressiva no PIB do Japão e orientamos as empresas a focar em outros mercados, como a China.
Segundo a Apex-Brasil, a estratégia de enfrentamento da crise foi aumentar a visibilidade do produto brasileiro. Para isso, a agência realizou um estudo de todo o segmento de moda na Ásia, de joias a roupas e identificou 40 cidades chinesas que poderiam ser atraentes para os produtos brasileiros.
Para Teixeira, o mercado chinês não ameaça as vendas externas do Brasil.
? A China vai ser um parceiro mais estrutural do comércio brasileiro e não apenas um esforço no momento da crise. O mercado chinês é uma oportunidade, não uma ameaça para as exportações brasileiras.