Exportações de café crescem apesar de preços deprimidos em Nova York e Londres por causa da crise

Desempenho é discutido no 16º Encontro Nacional da Indústria do Café, em PernambucoA crise financeira internacional deprimiu os preços do café arábica na Bolsa de Nova York (NY) e do robusta em Londres desde setembro. No entanto, na temporada 2007/2008, de outubro a setembro, as exportações de café dos países produtores geraram receita estimada de US$ 13,22 bilhões, tendo crescimento de 6,3% sobre 2006/2007, quando o valor das exportações é indicado em US$ 12,44 bilhões. Os números foram destacados pelo diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Nestor Osóri

Osório observou que a queda média nos preços do café foi de cerca de 17% desde o começo da crise, com base na cotação de NY.

? Ao mesmo tempo em que caiu NY, o dólar subiu. Foi uma compensação. Estamos com isso nos mesmos patamares de antes da crise.

O problema, segundo o diretor executivo da OIC, é que recentemente os preços de adubos e fertilizantes subiram muito no mundo, especialmente quando o petróleo avançou. Agora que o petróleo recuou, os preços dos fertilizantes não acompanharam, o que é um prejuízo muito grande para os produtores.

Em volume, os embarques de café de países produtores foram estimados em 94,9 milhões de sacas em 2007/2008, contra o recorde de 98,2 milhões de sacas em 2006/2007, segundo dados apresentados por Osório. Ele observou que as exportações estiveram relativamente estáveis de 2000/2001 a 2005/2006. Quando os preços começaram a subir em 2004, as exportações começaram a aumentar, com o desempenho recorde em 2006/2007, das 98,2 milhões de sacas.

O diretor da OIC advertiu que as exportações continuam altas em 2007/08, mas os estoques dos consumidores não aumentam, ou seja, o aumento do café disponível está sendo absorvido pelo mercado.