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Exportações de café encerram ano-safra 2011/2012 com receita de US$7,841 bilhões, afirma Cecafé

Valor é 5,6% superior ao da safra anterior, de acordo com o levantamento do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé)A receita cambial com exportação de café apresentou elevação de 5,62% na recém encerrada safra 2011/2012 e 15% de queda em volume em comparação aos 12 meses anteriores. O setor faturou US$ 7,841 bilhões, superando o recorde na safra anterior, que foi de US$ 7,424 bilhões, conforme levantamento do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), divulgado nesta quarta, dia 11.

A maior parte da receita provém da exportação de café verde em grão: US$ 7,143 bilhões ante US% 6,860 bilhões na safra anterior (+4,13%). O país obteve, ainda, receita de US$ 698,005 milhões com café industrializado (solúvel e torrado e moído), alta de 23,69% ante o período anterior (US$ 564,315 milhões).

De acordo com Guilherme Braga, diretor geral da entidade, ainda é cedo para se ter uma projeção em relação ao próximo ano-safra, que se inicia em julho.

– Estamos cautelosos quanto ao volume e à qualidade do café que serão produzidos, em função das fortes chuvas que vêm ocorrendo em regiões produtoras. Nesse caso, a variedade mais afetada seria a de café arábica, que possui maior valor agregado – afirma Guilherme Braga.

No primeiro semestre, o país faturou US$ 3,112 bilhões com exportação de café em comparação com o recorde de US$ 3,991 bilhões no mesmo período de 2011 (menos 22,02%).

Em termos de volume, a exportação de café na safra 2011/2012 alcançou 29,769 milhões de sacas de 60 quilos, representando queda de 14,97% em comparação com a safra anterior 2010/2011 (35,010 milhões de sacas).

Segundo o Cecafé, o maior volume embarcado no período foi de café verde em grão, 26,482 milhões de sacas, ante 31,812 milhões de sacas na safra anterior. O país exportou, ainda, 3,287 milhões de sacas de café industrializado, das quais 3,236 milhões de sacas em equivalente de solúvel e 50.838 sacas na forma de torrado e moído.

No ano-safra 2011/2012, 83,1% do café exportado foi da variedade arábica, 10,9% de solúvel, 5,8% de robusta e 0,2% de torrado e moído. Conforme o levantamento, o café arábica diferenciado (especial) já tem uma participação de 21% na receita cambial total das exportações.

No primeiro semestre, a exportação está estimada em 12,621 milhões de sacas, nível mais baixo para o período nos últimos anos, só comparável com o primeiro semestre de 2006 (11,624 milhões de sacas).

De acordo com dados do Cecafé, em junho o Brasil obteve receita cambial de US$ 407,785 milhões, em comparação com US$ 719,818 milhões em igual mês de 2011 (menos 43,35%). O volume de café embarcado em junho alcançou 1,882 milhão de sacas, queda de 31,06% ante as 2,730 milhões de sacas de junho de 2011.

O preço médio em junho foi de US$ 216,69 a saca, valor mais baixo desde janeiro de 2011 (US$ 213,16 a saca).

Embarques em junho

Já no mês de junho, as exportações brasileiras de café em grão no mês de junho caíram mais de 30% em comparação com o mesmo período do ano passado. O Brasil embarcou para o mercado externo pouco mais de um 1,6 milhão de sacas de 60kg. Segundo o Cecafé, o volume é bastante inferior ao ano passado, quando foram exportadas mais de 2,4 milhões de sacas.

Para o analista de mercado Fernando Barros, o desempenho foi prejudicado por uma medida do governo federal, que suspendeu a cobrança de 9,25 do Pis Cofins. No modelo antigo, as empresas exportadores deixavam de recolher o valor e tinham esse diferencial para oferecer ao mercado.  Em função da ausência do subsídio por parte do governo brasileiro, uma série de contratos foi cancelada, totalizando cerca de três milhões de sacas. Deste modo, importadores optaram pela compra do café robusta, que tem preço menor.

A Cecafé, no entanto, atribuiu a queda nas exportações à menor disponibilidade do produto no mercado, por conta de uma safra menor. Segundo a entidade, as exportações do grão devem aumentar e chegar a 34 milhões de sacas na próxima safra.  A expectativa é de que o Brasil mantenha a qualidade do produto brasileiro.

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