As quedas sucessivas do preço ao produtor combinadas com os custos relativamente altos de produção ajudariam a entender a oferta relativamente concentrada de animais para abate, o que pode, por outro lado, reduzir a disponibilidade nos meses seguintes. A partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), constata-se que mesmo com o aumento dos embarques e considerando-se que o consumidor brasileiro teria aumentado o consumo devido aos preços mais baixos dessa carne, justamente no inverno, a oferta interna excedeu o consumo até meados de junho.
Conforme levantamentos do Cepea, somente a partir de 20 de junho os preços da carcaça suína pararam de cair no atacado, ou seja, deram sinal de que a oferta passava a se ajustar à demanda. Uma boa notícia é a retomada das exportações brasileiras para a África do Sul. O embargo vinha desde 2005, quando ocorreram focos de febre aftosa bovina no Brasil. A reabertura, portanto, veio num momento de fundamental necessidade de diversificação dos parceiros comerciais do Brasil neste setor.